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Santos, que vacilo!

Perder faz parte do jogo. Ser eliminado é chato, mas acontece. Cair em casa aborrece muito mais, porém é da vida. Mas perder e ser desclassificado no próprio campo sem jogar nada, é doloroso, constrangedor, vergonhoso. Pois foi o que aconteceu com o Santos.

Por Antero Greco
Atualização:

Invicto até o segundo duelo com o Barcelona, na noite desta quarta-feira, o time paulista viu ruir o sonho de continuar no caminho do tetra da Libertadores da América. Recebeu o rival equatoriano com a vantagem de ter feito 1 a 0, em Guayaquil, não soube sustentar a vantagem (0 a 0 lhe dava a vaga), e saiu do gramado da Vila Belmiro com as mãos vazias.

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O problema não se limitou a permitir que a classificação para a semifinal escapulisse. Se ao menos tivesse sido na base da luta, da emoção, da pressão e até da correria, vá lá. O ponto foi um só, direto e certeiro: do início ao fim, a turma de Levir Culpi mostrou futebol de bola furada. Nem parecia o mandante, nem fez o público e o adversário lembrarem do peso da camisa. Foi tímido, encolhido, apático. Teve sangue de barata.

O Santos não foi desleixado, no sentido de menosprezar o Barcelona. Não jogou com salto alto, tampouco considerou que a tarefa estava liquidada. Não foi isso. O pecado ficou na ausência de criatividade, na falta de apetite para atacar, na passividade. E na presunção de que encontraria espaço para contragolpe.

A equipe visitante seguiu o roteiro que lhe cabia: arriscou-se, finalizou muito mais, tentou a sorte, pois não tinha alternativa. Ou marcava ou morria. Expôs-se, teve valentia, mesmo que em muitos momentos com pouca técnica. E o Santos? Ficou perplexo, catatônico.

Só acordou depois de levar o gol de Jonatan Alvez aos 23 minutos do segundo tempo. (Em seguida, foi expulso por falta.) Daí, resolveu ir à frente de qualquer maneira, no desespero, sem coordenação. Para complicar, perdeu Bruno Henrique, que cuspiu em Damián Diaz. O zagueiro Gabriel Marques revidou com um tapa no brasileiro e também tomou vermelho.

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O Santos não tem um timaço, talvez fosse brecado pelo Grêmio na semifinal. Mas poderia ter saído de cena com mais altivez. Não vale nem a desculpa de que sentiu as baixas de Lucas Lima, Renato e Victor Ferraz. Faltou, de verdade, jogar bola.

Tremendo vacilo.

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