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(Viramundo) Esportes daqui e dali

São Paulo, ainda muito a melhorar

O São Paulo suou, tomou susto, levou virada e aplicou virada. Enfim, venceu depois de duas derrotas seguidas. No momento, está fora da zona de rebaixamento. Mas os 3 a 2 sobre o Cruzeiro, na manhã desde domingo, Dia dos Pais, mostraram que Dorival Júnior ainda terá muito trabalho para tornar a equipe confiável e segura até o fim do Brasileiro.

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Por Antero Greco
Atualização:

O Morumbi lotado por pouco não viu outra decepção tricolor. Dorival mexeu na formação titular, a principal mudança foi a entrada de Militão no meio, no lugar de Jucilei. A intenção era tornar a saída no meio-campo mais ágil. Não conseguiu e ainda enfraqueceu a marcação. Tanto que o Cruzeiro, com mistão, teve a primeira chance, com pênalti que Sassá sofreu, cobrou e não aproveitou.

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O time mineiro foi melhor na etapa inicial. Controlou o jogo, reteve a bola, apostou no tempo como fator para deixar o São Paulo intranquilo. Hernanes aparecia pouco, assim como Petros (substituído por Gilberto) e Pratto, Rodrigo Caio em determinado momento adiantou-se para iniciar jogadas, enquanto Militão recuou para a zaga.

A torcida estava tensa, pedia a entrada de Jucilei e ensaiava protestos. Até que veio a falta, no último lance antes do intervalo. Bola perto da entrada da área, a batida perfeita de Hernanes e o gol. Gol de alívio, de esperança, de suspiro para um segundo tempo menos sofrido.

Será? Engano.

O Cruzeiro voltou mais decidido e, em dois lances de velocidade - e de erros da zaga tricolor -, Sassá virou. Em poucos minutos, voltaram o drama, o medo de continuar afundado na tabela. Na base do abafa, e com Jucilei em campo (Militão saiu), veio o empate com Arboleda, de cabeça, e com ele novamente a crença de que a tragédia seria evitada.

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E foi, mas com participação decisiva da arbitragem. Rafael Traci viu pênalti de Ezequiel em dividida com Gilberto. Lance pra lá de duvidoso, pois teve um parecido, em favor do Cruzeiro (mas fora da área), que ele considerou normal. Hernanes bateu com categoria e fez o 3 a 2.

O São Paulo tem condições de livrar-se de rebaixamento inédito. Depende apenas de si. Mas continua longe de ser estável, eficiente. Está na fase em que é imprescindível acumular pontos; entende-se a afobação. Porém, tem de evoluir, dar um salto de qualidade para ser consistente. Por ora, o futebol que mostra é pobre.

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