Foi o primeiro ponto em duas rodadas, mas tem peso enorme no futuro da equipe de Edgardo Bauza. Com o empate, os tricolores evitaram que o River deslanchasse, chegasse a 6 pontos e dividissem a liderança com The Strongest. Agora, a projeção é a de que eventual disputa por segunda vaga na chave seja justamente com o time argentino - e o jogo de volta está marcado para o Morumbi.
Enfim, o São Paulo partiu desconsolado e regressa animado. O resultado mostrou evolução da tropa. Calma, não chegou a ser apresentação memorável, impecável. Longe disso. O São Paulo continua a ter limitações, carece de regularidade, não está com o sistema defensivo ajustado. Nem incomodou tanto o goleiro do River.
Mas se comportou com dignidade, à altura de sua tradição no torneio. O River pressionou no início, como manda o figurino, criou oportunidades para abrir o placar. Não o fez e ainda levou o susto com o belo gol marcado por Ganso aos 16 minutos. O River não é o bicho-papão que se imaginava na condição de campeão continental.
A vantagem fez o São Paulo acalmar-se e crescer. O River sentiu o baque, e só não se enervou porque empatou aos 32, em gol contra de Thiago Mendes. Dali em diante, até o intervalo, prevaleceu o equilíbrio. Na etapa final, o River insistiu, apertou, mas não fez o suficiente para virar. O São Paulo ficou à espera de um contragolpe decisivo que não veio.
Bauza mantém a aposta em Centurión. Mas, pelo visto, ela perde força aos poucos. O argentino mais uma vez ficou abaixo do esperado. Michel Bastos entrou no lugar dele e, mesmo sem brilho, jogou até mais. Calleri é outro que entrou em parafuso e não se acerta. O lance principal dele foi numa disputa em que reclamou de pênalti.Kardec o substituiu, correu muito e concluiu pouco. São peças para ajustar.