Está certo que a altitude pesa. E muito. Mas dava para ter jogado um pouco melhor. O futebol foi sem graça. Na próxima fase, o Tricolor vai precisar de mais, se quiser seguir vivo na Libertadores. Ou pelo menos terá de repetir o futebol impecável do primeiro jogo com o Toluca.
Bauza até que pensou bem ao escalar Wesley no lugar de Ganso. O time precisava marcar, de gente que impedisse o Toluca de fazer placar que o entusiasmasse já no primeiro tempo.
E o jogo até que começou são-paulino, com falta logo no primeiro minuto, cobrada por Wesley e que o goleiro Talavera defendeu. Depois disso só deu Toluca no estádio Nemésio Diez. A torcida brasileira sentiu friozinho na barriga quando veio a falta para os donos da casa, a defesa só olhou e Uribe marcou: 1 a 0, com 17 minutos.
Até o final da etapa inicial ficou a impressão de que o marcador seria ampliado. Era ameaça concreta. Rodrigo Caio se virava como podia para tirar as bolas jogadas nos intermináveis cruzamentos. Wesley dava um pouco de sentido às saídas de bola.
O susto acabou no começo do segundo tempo, com o gol de Michel Bastos, que se machucou no lance. O 1 a 1 nocauteou o Toluca e fez com que o São Paulo afrouxasse demais e até mostrasse descontrole emocional sem sentido, pois a vaga era certa.
Calleri meteu-se em confusão, levou cartão amarelo e foi substituído. Centuriòn foi expulso no finzinho, depois de cuspir em um adversário. Situações evitáveis, assim como os dois gols marcados novamente em bolas levantadas na área: gols de Trivério e Uribe.
O São Paulo perdeu só de 3 a 1 - poderia ser 3 a 2, se o juiz colombiano Wilson Lamouroux tivesse dado pênalti sofrido por Centuriòn.
Muito bem, o São Paulo segue na corrida pelo tetra. Mas, para pensar em título, não pode repetir o desempenho desta quarta-feira. O parâmetro é a goleada da semana passada.
(Com participação de Roberto Salim.)