Por isso, uma das melhores notícias do sábado foram os três gols de Robinho nos 7 a 2 do Atlético no Vila Nova, pelo Campeonato Mineiro. Não, não venha com a conversa de que se trata de duelo desproporcional, estadual, contra time pequeno.
Também não vale dizer que os outros cinco gols foram igualmente contra times do interior - três diante do Tombense e dois contra o Tupi. Importa que Robinho marcou oito vezes e assumiu a liderança da competição. Está bem acima do que se imaginava, quando retornou de passagem apagadíssima no futebol chinês.
Robinho não é o mesmo de início de carreira, aquele das pedaladas no Santos e que logo bateu asas para a Europa. Pode não ter a mesma velocidade dos primeiros anos. Mas tem noção de espaço, sabe deslocar-se, aprendeu a economizar fôlego e esforço. Vai na boa, tem senso de colocação, finaliza como quem tem familiaridade com a bola.
Quando desembarcou no Galo, pouco tempo atrás, adverti que não tem a categoria de Ronaldinho; o gaúcho é tecnicamente extraordinário. Mas observei que pode ser tão ou mais útil do que o astro do título da Libertadores. Porque Robinho tem mais regularidade e melhor preparo do que o antecessor na condição de ídolo atleticano.
No plano doméstico, tem dado conta do recado. Agora, falta repetir a proeza de Ronaldinho na Libertadores. Tem pique e qualidade para tanto.