Mas, por incrível que pareça, contrariando o que sempre ocorre em duelos entre Davi e Golias, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza esteve certíssimo nas três marcações, embora todas difíceis e a favor do alvinegro da capital.
Posto isso, a vitória do time de Tite foi honesta. Encruada, mas correta.
A torcida precisa mesmo de paciência para esperar a chegada de gente nova, a adaptação ao esquema do treinador e a calma ainda necessária a jogadores como Lucca, que quase mandou duas bolas para fora da Arena de Itaquera.
O Corinthians jogou mal. E, para piorar a situação, Rodriguinho chutou um pênalti para fora. O XV se segurou como pôde e até teve chances, como o gol anulado por impedimento de Heitor.
No segundo tempo, a entrada de Marlone no lugar de Lucca pouco mudou o ritmo da partida. E o time de Piracicaba em jogadas de escanteio ameaçou de verdade o gol de Cássio.
Romero era uma lástima no ataque. E a equipe corintiana era Rodriguinho, Elias e Danilo.
Tudo se encaminhava para um tristonho zero a zero, quando Rodriguinho deu ótimo lançamento para Elias, que dividiu com o goleiro Bruno. A bola sobrou para Romero. Quarenta e sete minutos de jogo, o gol da vitória. O gol da paciência.
Tite vai ter muito trabalho para fazer o Corinthians voltar a jogar bola.
(Com Roberto Salim.)