Os 2 a 2 com a Azzurra mostraram que há muito a fazer, e em pouco tempo, se quisermos uma equipe eficiente, equilibrada e forte o suficiente para brigar pelo título. Todos os setores requerem ajustes - e há vagas também, na defesa, no meio e talvez até no ataque, a depender do sistema pelo qual o treinador optar.
Felipão tratou de proteger o sistema defensivo, com a presença de Fernando e Hernanes como marcadores. Isso deu certo em parte, no primeiro tempo. Os dois se desdobraram, e ainda assim o Brasil foi vulnerável. Só não levou gols porque Júlio César fez três grandes defesas, como tem acontecido no Queens Park Rangers.
Em compensação, a seleção foi cirúrgica nas raras oportunidades que apareceram. Nas duas melhores, com participação de Neymar, abriu a vantagem, com Fred e Oscar. Uma diferença que não refletia o que as duas equipes havia feito.
Tanto isso era fictício, que a Azzurra anulou a diferença em 11 minutos, no segundo tempo, com os gols de De Rossi e Balotelli. Só não chegou à virada, com Balotelli mesmo, por obra de outra defesa de Júlio César. Os italianos deram sufoco e ganharam a batalha no meio-campo.
Felipão mexeu, mas de maneira tradicional. Tirou Oscar para colocar Kaká, quando na verdade poderia ter deixado os dois juntos. Em contrapartida, manteve Hulk, um touro esforçado e que ajudou no meio. Mas que foi pouco efetivo no ataque.
Para sorte nacional, o jogo entrou na fase do troca-troca interminável, como num festival de solteiros e casados. Foram feitas muitas mudanças, que descaracterizaram os times. O empate, àquela altura, estava de bom tamanho. Principalmente para o Brasil.