A fragilidade constrangedora do Vasco ficou escancarada na noite desta quarta-feira, com a surra de 6 a 0 que levou do Internacional, em Porto Alegre. A pior sova que levou desde o surgimento do campeonato nacional em 1971. Pior do que isso: perdeu sem nenhum poder de reação, como se fosse uma equipe amadora diante de um adversário profissional.
O Inter nem precisou esforçar-se demais, sobretudo no segundo tempo, quando fez quatro gols. No primeiro, teve algum trabalho até abrir o marcador, e isso durou só 10 minutos. A partir do momento em que Ernando fez 1 a 0, baixou uma tonelada de pressão sobre os ombros de cada vascaíno. Todos sentiram, ali, que não daria para evitar o vexame. Que aumentou com o gol de Eduardo Sasha aos 40 minutos.
O Colorado foi para o intervalo com a certeza da vitória e voltou em ritmo descontraído. Dessa maneira, saíram os gols de Lisandro Lopez, Valdivia, Nilton. E outro de Lisandro, em cima da hora. Tudo com a maior naturalidade, num confronto desigual, diante de um amontoado de jogadores sem noção do que fazer para sair de situação tão ruim.
Não há discurso bonito ou de autoajuda de treinador que dê certo para o Vasco. Muito menos reza e coisas assim. Há necessidade de uma chacoalhada técnica, que também parece impossível de ser alcançada a esta altura. Serão mais 16 rodadas de sofrimento.
E, para o Inter, era o resultado que faltava para dar-lhe confiança de obter algo melhor e não ficar em plano secundário como acontece até agora.