Se vale apenas o que é reconhecido por entidades oficiais, o Santos acaba de dizer adeus ao bicampeonato mundial conquistado em 1962 e 1963, e o Palmeiras enterra de vez seu título mundial de 1951, a Copa Rio.
A Federação Internacional de Futebol (Fifa), que tem para o mundo o mesmo valor que a CBF tem para o Brasil, não reconhece essas conquistas como títulos mundiais - para a entidade máxima do futebol, valem apenas os torneios de 2000, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010 (e os que acontecerem daqui em diante). O resto é tratado como Copa Intercontinental, ou seja, um enfrentamento entre o campeão sul-americano e o campeão europeu.
Mas ninguém parece estar muito preocupado com isso. Afinal, os presidentes dos clubes agraciados estão felizes porque no futuro poderão dizer que os times tiveram títulos reconhecidos em suas gestões. E sabemos que a irracionalidade de torcedor impera na cartolagem brasileira.
Agora, se os dirigentes fossem um pouco mais inteligentes, certamente não estariam preocupados com reconhecimentos de CBF ou Fifa (será que estas federações são tão mais importantes do que os clubes?).
Afinal, os títulos de 1959 e 1970 foram comemorados como conquistas nacionais? Sim, então, pronto! E a Copa Rio de 1951 e as Copas Intercontinentais de 1960 a 2004, eram comemoradas como títulos mundiais? Sim, então pronto! É isso o que vale. Não entendo como os clubes deixam tanta gente de fora ficar dando palpite em suas grandiosas histórias.