Após protagonizar um episódio de dopping e se aposentar do UFC em setembro deste ano, Wanderlei Silva voltou a ser notícia no esporte. Em vídeo publicado em seu canal oficial no Youtube, o 'Cachorro Louco' promete lutar contra o monopólio do UFC e pelos direitos dos lutadores inscritos no campeonato de MMA, o mais famoso e rentável do mundo.
Sem citar o nome de nenhum dos diretores da franquia, Wanderlei foi enfático em suas colocações, e questionou as bolsas pagas aos atletas e os benefícios dados durante as viagens. "É uma vergonha ir de classe econômica para outro continente - porque nenhum lutador viaja de business Class (classe executiva), só se for do próprio bolso, enquanto os dirigentes e estafes, pessoal que trabalha de terno e gravata, viaja de business". Segundo o ex-atleta, durante as viagens, cada lutador pode levar apenas um treinador, e recebe passagens de classe econômica. Durante o evento, eles recebem cerca de U$$ 150 (por volta de R$ 360)para se alimentar durante toda a estadia.
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Wanderlei falou também sobre a declaração de José Aldo após sua última luta, no Rio. Descontente com a bolsa recebida, o campeão da categoria até 65kg declarou que os lutadores mereciam uma parte maior das receitas. "Você acha que se estivessem pagando bem ele estaria reclamando do quanto ganha? Não estaria, porque ele não é hipócrita como vocês".
Chamando os executivos de 'almofadinhas', Wanderlei diz que o "monopólio" do UFC tem de acabar. "Nesse monopólio, o cara não tem para onde correr. Nós temos de libertar os lutadores para eles lutarem onde quiser. Criar concorrência. Chega de ter o cara fechado".
Após não realizar o exame antidoping e pegar gancho longo no UFC, Wanderlei Silva anunciou sua aposentadoria. Desde então, o ex-campeão começou sua luta pelos direitos dos lutadores.