Da última vez que estivemos juntos, Nanjing, na China, o treinador da seleção feminina me falava da preocupação com o Sul-Americano que seria jogado dias depois na Colômbia.
Me lembro bem que disse ao técnico que se o BRASIL não ganhasse o torneio passaria a escrever sobre outro tema e que não fosse relacionado ao esporte.
José Roberto Guimarães, de cara amarrada, elogiou a evolução da Argentina, citou a rivalidade com o Peru e a possível força da Colômbia em casa. Respeitei.
Concordar não.
O Brasil, como era de se esperar, ganhou o Sul-Americano com o pé nas costas. Todos os jogos por 3 a 0. A seleção, que me perdoe o técnico, não fez mais do que obrigação.
Me rendo somente ao fato de José Roberto Guimarães ter acertado em cheio nas declarações após o título. O treinador enalteceu a seriedade e a atitude das jogadoras da seleção durante o torneio.
Concordo plenamente. Esse foi o grande diferencial.
Primeiro porque muitas delas não podem de fato 'tirar onda' com rigorosamente nada. Estão começando o ciclo e ainda precisam provar muita coisa.
Segundo porque realmente manter a concentração e jogar para valer contra essas babas não deve ser nada fácil.
Por essas e outras não creio que nenhuma daquelas que fizeram parte das melhores do sul-americano, e muito menos Tandara, eleita MVP, com atraso, tenham coragem de comemorar.
Com a vaga no mundial literalmente garantida, que venha a Copa dos Campeões.