Entra ano, sai ano, Bernardinho não muda. Aliás, dizem que não deve se mexer em time que está ganhando.
No caso do Rio é mais do que isso.
O técnico da seleção brasileira masculina é exceção à regra.
Praia Clube, Minas e Osasco fizeram a opção e jogarão a primeira partida das quartas de final em casa. Todos vão sair na sequência e se for o caso decidem novamente sob seus respectivos domínios a vaga na semifinal da Superliga.
O Rio não.
Bernardinho manteve a filosofia usada desde os tempos em que o patrocinador mandava seus jogos em Curitiba, ou seja, primeira fora e segunda em casa.
O técnico não fala abertamente em superstição ou coisas do gênero.
Ele se agarra a tradição, a força da camisa, ao histórico do clube nos playoffs e a possibilidade de resolver tudo diante da torcida caso aconteça algum tropeço na ida.
Há mais de 10 anos, o extinto time de Campos, na época comandado por Luizomar de Moura, aprontou e deu muito trabalho ao Rio que se classificou para a decisão no limite.
Um episódio isolado não faria Bernardinho mudar sua maneira de pensar até porque o Rio jamais foi eliminado nessas circunstâncias.
Sempre, tirando um aperto ou outro, deu certo.
Bernardinho não corre risco contra o Pinheiros em hipótese alguma. Tanto faz jogar dois jogos fora ou dois em casa que o Rio vai se classificar com sobras e sem sustos.