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Campeão mundial, Marlon quebra o silêncio: 'Muitas opções são pré-definidas na seleção. Não aceitaria trabalhar com Bernardinho'

Campeão mundial com a seleção brasileira em 2010, Marlon enfim quebrou o silêncio.

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Por Bruno Voloch
Atualização:

Procurado pelo blog, o levantador de 37 anos, revelou que foi desrespeitado na seleção, que algumas situações internas são pré-definidas e que não trabalharia novamente com Bernardinho, atual treinador.

 Foto: Estadão

Marlon foi cortado do grupo que disputou a Olimpíada de Londres em 2012.

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Após 3 anos jogando na Rússia, o jogador pretende voltar ao BRASIL e não pensa em abandonar tão cedo o esporte.

Como foram esses anos na Rússia?

Marlon: Foram 3 anos sensacionais de aprendizado no âmbito profissional e pessoal. Participar de um campeonato especialmente muito forte, com jogadores fantásticos me faz acreditar o quão longe eu ainda posso chegar e o quanto eu posso transmitir para os jogadores menos experientes, porém é um voleibol que ainda precisa evoluir muito na parte técnica e cultural.

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 Foto: Estadão

De que maneira pretende dar continuidade a sua carreira?

Marlon: Pretendo jogar por anos ainda, pois tenho uma missão a cumprir. Espero continuar saudável para alcançar minhas metas e continuar me realizando.

Como vê Marcelinho por exemplo jogando aos 41 anos? Você pretende jogar até quando?

Marlon : O Celinho é fantástico e espero que ele tenha vitalidade para continuar mostrando que a idade é um fator duplamente positivo que agrega experiência e qualidade e não um fator de descrença. Eu pretendo jogar mais tempo do que  o Celinho (rs) ...

Você recebeu tudo que tinha de direito do RJX, equipe que quebrou do empresário Eike Batista?

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Marlon: Recebi todo o contrato.

Seleção. Você foi um campeão mundial em 2010. O que falar dos anos dedicados à seleção?

Marlon: Foram anos de muita dedicação e abdicação.

 Foto: Estadão

O Marlon foi traído? Usado?

Marlon: Traído não, desrespeitado sim. Não me sinto usado porque sei o quanto contribui com a seleção e sei reconhecer o quanto ela me ajudou profissionalmente. Eu saí satisfeito, realizado e com meu dever cumprido.

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Aceitaria trabalhar novamente com Bernardinho?

Marlon: Não aceitaria.

 Foto: Estadão

Nos bastidores comenta-se que na seleção masculina nem sempre jogam os melhores. O que você pode falar sobre o assunto ?

Marlon: Para se definir os melhores a jogarem será sempre um conflito de pontos de vista. Muitas opções são pré-definidas e levadas até o fim por motivos que apenas ao treinador caberia explicar. Entre os jogadores existe sempre uma lealdade por aqueles que são titulares ou não, porém todos desejam o melhor e são conscientes de que precisam vencer.

 Foto: Estadão

Você se sente um cara realizado profissionalmente?

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Marlon: Quase por completo realizado. Ainda desejo muito ser campeão da superliga e por isso que gostaria de retornar ao vôlei brasileiro e encontrar uma equipe com projeto sério e duradouro apesar do momento negativo político e econômico que o país enfrenta.

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