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O vôlei com conhecimento e independência

Crise na base: 'A CBV define a política. O fracasso não acontece somente no momento do campeonato', afirma Rizola.

O blog continua discutindo a crise nas categorias de base do vôlei brasileiro. 2017 foi trágico, não deixa saudade e o BRASIL não ganhou nada passando em branco pelo mundo afora.

Por Bruno Voloch
Atualização:

O quinto lugar da seleção feminina sub-23 encerrou a pífia e inacreditável temporada de fracassos.

Antônio Rizola, hoje comandando a seleção feminina da Colômbia, dirigiu durante anos as seleções de base do BRASIL. Época em que o país era respeitado, temido e comprovava seu favoritismo dentro de quadra.

 Foto: Estadão

Como você vê a crise nas categorias de base do vôlei brasileiro?

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Com muita tristeza pois participei direta e indiretamente do processo de evolução do vôlei brasileiro. Muito me preocupa o futuro e esse momento que passamos.

Por que todas seleções de base do BRASIL fracassaram em 2017?

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O fracasso de uma seleção não acontece somente no momento do campeonato. Uma seleção para se preparar depende de muitos aspectos que influenciam na hora do campeonato. É injusto culpar as comissões técnicas. Entre os aspectos que influenciam estão a confiança na formação de treinadores, a busca de atletas no país, competições de qualidade, intercâmbio, conhecimento dos adversários, tempo de treinamento e concentração. É necessário saber onde está essa lacuna.

 Foto: Estadão

Como explicar que sempre fomos modelo e hoje nem o pódio conseguir alcançar?

BRASIL mostrou ao mundo como se investe e trabalha na base. O mundo entendeu a mensagem e se organizou. Não podemos imaginar que os resultados das seleções hoje em alta aconteceram por acaso. Qualquer ponto no nosso caso negligenciado pode e vai influenciar.

Qual a saída?

Vejo que com paciência, organização, ação e conhecimento.

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De quem é essa responsabilidade?

Dentro das missões da confederação ela é a responsável por representar o país em competições internacionais. Seguramente ela define a política e sua prioridade.

 Foto: Estadão

Você foi dispensado pela atual gestão da CBV? Como se sente e qual foi o motivo?

Entendo de forma natural. É um direito da atual gestão definir seus parceiros. Não cabe a mim julgar. Posso te dizer que me orgulho de ter dado minha contribuição dentro e fora de quadra. É minha vida há 40 anos.

O Rizola deu resultados? Foi algo então pessoal?

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Não sei se foi pessoal. Para mim foi passado que era questão financeira. Precisavam economizar.

E seu trabalho na Colômbia? Como está?

Muito motivado e procurando passar meus ensinamentos. Satisfeito sim porque até o momento os resultados são satisfatórios. Formei uma seleção sub-18 em abril e ganhamos em Cuba a Copa Pan-Americana nos classificando pela primeira vez para o mundial da categoria. No mundial ficamos em décimo quarto na frente por exemplo da China, Tailândia e Polônia. No Sul-Americano ganhamos do Peru e da Argentina e fizemos a final com o BRASIL. Resultado histórico. Agora nos preparamos para o classificatório para o mundial do Japão em 2018. Será no Peru contra os donos da casa e a Argentina novamente. Não será fácil. Mas sigo trabalhando duro.

 

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