O blog conseguiu conversar com a Dani Lins, levantadora e uma das líderes da seleção.
Como foram os dias após a eliminação?
Na verdade tentei ficar um pouco longe de tudo. Viajei para minha casa na praia com meu marido. Graças a Deus tenho um cara maravilhoso ao meu lado que me ajudou a superar esse momento adverso difícil da minha carreira.
Foi uma fatalidade ou mérito da China?
Posso dizer que foram as duas coisas. A China sempre teve uma seleção boa e acho que não podemos desmerecer o ouro conquistado por elas. Por outro lado acho que a gente merecia muito porque foram 4 anos de muito trabalho, dedicação e esforço. Estava tudo caminhando positivamente. Um grupo muito bom, treinos em alto nível e a seleção crescendo de produção. Foi uma pena mesmo mas a China tem seus méritos.
A primeira fase sem enfrentar adversários fortes prejudicou a seleção?
Acho que não. A seleção estava numa crescente e jogamos muito bem contra a Rússia, ou seja, não era qualquer adversário. Foi nossa última partida antes da China. 3 a 0 com méritos e fomos exigidas.
Qual sentimento que fica após os jogos do Rio?
Sentimento de tristeza pois era um sonho poder ganhar o tricampeonato olímpico em casa. Agora não terá mais. Foi a despedida de algumas atletas e isso deixou todo mundo muito triste. Ver aquele ginásio cheio, todo mundo torcendo, gritando, me deixa mais triste ainda. Eu queria muito. Essa olimpíada era para a Dani e para o Sidão também. Só eu sei o que ele lutou e batalhou para poder estar lá e não aconteceu.
E o futuro da Dani Lins? Você pretende continuar na seleção?
Vamos deixar as coisas acontecerem. O futuro a Deus pertence. Quero pensar nesse momento em fazer uma boa Superliga, estar com meu marido e quem sabe começar a crescer a família. (Dani ri ).
Como você descreve aquele 16 de agosto?
Um dia que vai ficar para sempre na memória minha e de todo mundo. Mas também jamais podem esquecer que somos bicampeãs olímpicas. O resultado no Rio não vai apagar tudo que construímos. Isso ninguém nunca vai apagar.