Os dirigentes de Osasco e o técnico Luizomar de Moura, como num jogo de xadrez, movem as peças com cautela, prudência e responsabilidade.
Como deve ser.
O ranking e o orçamento não permitem alcançar jogadoras como Fernanda Garay e Sheilla. A opção de trazer Tandara foi bem pensada.
É uma jogadora jovem, de potencial, versátil e que certamente vai fazer parte do próximo ciclo olímpico, ou seja, manter o nome do patrocinador em evidência.
Ela pode ser ponta, como pode ser oposta.
Tandara vai jogar ao lado de Dani Lins e estará literalmente em ótimas mãos. A tendência é render bem mais do que na temporada passada. Nada contra Naiane, do Minas. Pelo contrário. É uma levantadora promissora e que merecidamente foi chamada para a seleção brasileira.
Aos 27 anos, Tandara vai viver o papel de protagonista.
É normal que após a disputa de uma Olimpíada muitas jogadoras pensem na maternidade. Risco, nesse caso, minimizado.
Tandara adiantou o processo e passou no teste no Minas. É mãe de Maria Clara, fruto do casamento com Cléber, ex-Minas.
A jogadora, que tem apartamento na cidade, sempre teve o desejo de morar novamente em São Paulo, o que facilita a logística.
Bia, ex-Sesi, é outra novidade para a temporada.
É uma aposta interessante. Bia é alta, forte fisicamente e bloqueia bem. É a chance da carreira da jogadora que vai voltar a jogar por um time grande, de torcida e acostumado a disputar títulos.
Bia é uma jogadora raçuda o que vai ajudar na identificação. Ela não deve se iludir. Será cobrada como manda a regra.
A expectativa é que Bia tenha amadurecido e crescido profissionalmente. Aprendido com os erros do passado, atitudes precipitadas e oportunidades desperdiçadas.
Se tiver humildade suficiente para reconhecer isso tudo, algo difícil para os jovens, pode dar certo e fazer história com a camisa de Osasco. Se não pensar assim está fadada ao fracasso.
A assessoria de imprensa do clube confirmou ainda que Camila Brait renovou por mais um ano.
O caso da líbero é diferente. São anos de serviços prestados e uma boa identificação com o projeto.
Dessa vez porém será preciso mais do que o habitual e conhecido discurso politicamente correto para convencer o torcedor. Camila tem crédito, mas ficou em débito.
Paula, na saída, e Saraelen, no meio, vão acontecer.
A permanência de Gabi é bem discutível. Jogadora de altos e baixos mas que merece uma nova chance.
Osasco, segundo o blog apurou, não vai parar por aí.
Uma jogadora estrangeira, que se encaixe no orçamento, vai reforçar o clube. Alguns nomes estão sendo estudados.
A torcida deve tratar de controlar a ansiedade. Não existe pressa. É ano olímpico e por todos os cantos surgem caras novas.
Os movimentos apontam um Osasco mais 'light', rejuvenescido e que apesar das mudanças dá pinta de que será muito competitivo
Competitivo e comprometido.