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Rosamaria convoca torcida, não cogita BRASIL fora das finais e diz: 'cada geração tem sua história e estamos construindo a nossa'.

Ela é uma das caras novas da seleção brasileira. Não foi aos jogos olímpicos do Rio de Janeiro mas tem sido figura constante nas convocações de José Roberto Guimarães.

Por Bruno Voloch
Atualização:

A má fase do BRASIL, ameaçado no Grand Prix, não assusta Rosamaria.

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A jogadora conversou com o blog direto de Cuiabá antes da seleção entrar em quadra para os 3 jogos decisivos que irá fazer contra Bélgica, Holanda e Estados Unidos a partir de quinta-feira.

Aos 23 anos, Rosa mostra maturidade de uma veterana nessa entrevista.

Diz que o torcedor será fundamental e pede um time 100% focado. Rosa não encontra justificativa para os resultados ruins nas duas primeiras semanas, mas deixa claro que a seleção irá evoluir naturalmente.

 Foto: Estadão

Rosa evita comparações com a geração anterior. Não se considera titular absoluta e avisa que não está no ápice e sim em constante evolução.

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O que o torcedor de Cuiabá pode esperar da seleção nos 3 jogos em casa?

Sabemos que esses jogos são cruciais para nossa classificação pensando na fase final e precisamos de ótimos resultados. Então com certeza podem esperar nossa doação máxima e também esperamos o apoio do torcedor brasileiro. Vai ser muito importante jogar dentro de casa.

Por que tantos altos e baixos nas primeiras semanas de Grand Prix?

Difícil achar um motivo. Na verdade a gente sabe que tudo é treinamento pois o nosso time ainda não encontrou um padrão, mas acho isso super normal para um início de trabalho. O caminho ainda é bem longo pela frente. Vamos precisar treinar bastante para encaixar um padrão, para todas as cabeças estarem pensando no mesmo ritmo e  experiências variadas.

 Foto: Estadão

Essa geração teme ficar marcada por não classificar o BRASIL para as finais do Grand Prix algo que não acontece desde 2003?

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Não tememos nada, cada seleção tem a sua história e nós estamos procurando construir a nossa. O legado vitorioso da seleção nos acompanha, mas cada grupo tem uma história a ser contada, e com certeza antes de vencer, os outros também perderam, sofreram duras críticas e aprenderam, até chegar ao auge. Claro que todo mundo odeia perder mas a gente tem que tirar algum proveito do que passou e o nosso foco continua em classificar pra fase final. Em momento algum podemos pensar em não estar lá.

O que tem sido mais difícil nesse início de ciclo olímpico?

Acho que o mais difícil é realmente achar uma cara para o time, um padrão, saber tirar o melhor de cada uma, entender como o nosso time vai funcionar e também aprender os padrões internacionais. Cada uma tem uma característica forte e uma dificuldade, então para a equipe funcionar bem, precisamos aprender a jogar com essas particularidades e isso só vem com o tempo.

 Foto: Estadão

Como você encara a possibilidade de assumir o papel principal dessa geração?

Acho muito cedo pra falar em titularidade ou 'papéis principais', até porque aqui dentro isso não existe muito, a todo momento você tem que estar provando que merece estar ali, a cada treinamento. Esse início de trabalho mostrou muito isso, o time tem revezado bastante e acho isso legal para gente se conhecer dentro de quadra. Mas claro que fico feliz com cada oportunidade de mostrar o meu trabalho e a cada vez mais aprender aqui dentro.

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A Rosamaria está no ápice da carreira?

Talvez esteja no melhor momento até agora, mas com certeza não o ápice, ainda tenho muita coisa pra melhorar em cada fundamento, mas fico feliz em sentir a minha evolução aos pouquinhos. Sempre digo que o importante não é estar pronta, mas em constante evolução, o esporte é isso, a gente aprende todo dia alguma coisa diferente e espero nunca ficar estagnada.

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