A má fase do BRASIL, ameaçado no Grand Prix, não assusta Rosamaria.
A jogadora conversou com o blog direto de Cuiabá antes da seleção entrar em quadra para os 3 jogos decisivos que irá fazer contra Bélgica, Holanda e Estados Unidos a partir de quinta-feira.
Aos 23 anos, Rosa mostra maturidade de uma veterana nessa entrevista.
Diz que o torcedor será fundamental e pede um time 100% focado. Rosa não encontra justificativa para os resultados ruins nas duas primeiras semanas, mas deixa claro que a seleção irá evoluir naturalmente.
Rosa evita comparações com a geração anterior. Não se considera titular absoluta e avisa que não está no ápice e sim em constante evolução.
O que o torcedor de Cuiabá pode esperar da seleção nos 3 jogos em casa?
Sabemos que esses jogos são cruciais para nossa classificação pensando na fase final e precisamos de ótimos resultados. Então com certeza podem esperar nossa doação máxima e também esperamos o apoio do torcedor brasileiro. Vai ser muito importante jogar dentro de casa.
Por que tantos altos e baixos nas primeiras semanas de Grand Prix?
Difícil achar um motivo. Na verdade a gente sabe que tudo é treinamento pois o nosso time ainda não encontrou um padrão, mas acho isso super normal para um início de trabalho. O caminho ainda é bem longo pela frente. Vamos precisar treinar bastante para encaixar um padrão, para todas as cabeças estarem pensando no mesmo ritmo e experiências variadas.
Essa geração teme ficar marcada por não classificar o BRASIL para as finais do Grand Prix algo que não acontece desde 2003?
Não tememos nada, cada seleção tem a sua história e nós estamos procurando construir a nossa. O legado vitorioso da seleção nos acompanha, mas cada grupo tem uma história a ser contada, e com certeza antes de vencer, os outros também perderam, sofreram duras críticas e aprenderam, até chegar ao auge. Claro que todo mundo odeia perder mas a gente tem que tirar algum proveito do que passou e o nosso foco continua em classificar pra fase final. Em momento algum podemos pensar em não estar lá.
O que tem sido mais difícil nesse início de ciclo olímpico?
Acho que o mais difícil é realmente achar uma cara para o time, um padrão, saber tirar o melhor de cada uma, entender como o nosso time vai funcionar e também aprender os padrões internacionais. Cada uma tem uma característica forte e uma dificuldade, então para a equipe funcionar bem, precisamos aprender a jogar com essas particularidades e isso só vem com o tempo.
Como você encara a possibilidade de assumir o papel principal dessa geração?
Acho muito cedo pra falar em titularidade ou 'papéis principais', até porque aqui dentro isso não existe muito, a todo momento você tem que estar provando que merece estar ali, a cada treinamento. Esse início de trabalho mostrou muito isso, o time tem revezado bastante e acho isso legal para gente se conhecer dentro de quadra. Mas claro que fico feliz com cada oportunidade de mostrar o meu trabalho e a cada vez mais aprender aqui dentro.
A Rosamaria está no ápice da carreira?
Talvez esteja no melhor momento até agora, mas com certeza não o ápice, ainda tenho muita coisa pra melhorar em cada fundamento, mas fico feliz em sentir a minha evolução aos pouquinhos. Sempre digo que o importante não é estar pronta, mas em constante evolução, o esporte é isso, a gente aprende todo dia alguma coisa diferente e espero nunca ficar estagnada.