PUBLICIDADE

Levir mimizento

As últimas declarações públicas do técnico Levir Culpi, do Santos, passaram do limite do engraçadinho e se tornaram bizarras. Após ter perdido e recuperado o cargo em questão de minutos, na sexta-feira passada, ele disse que a pressão sofrida por treinadores de futebol é inadmissível e que pensou em pedir demissão do time santista.

Por Cesar Sacheto
Atualização:

Não entendo muito bem essas pessoas do futebol, especificamente jogadores e treinadores que atuam nas principais equipes do País e recebem altos salários. São valores muito, mas muito acima dos pagos em outros setores profissionais. Imagino que, ao assinar seus contratos milionários, todos tenham ciência da responsabilidade que o compromisso implica.

PUBLICIDADE

Certa vez, conversando com um grande amigo, jornalista que assessora alguns dos mais importantes nomes do esporte nacional, ouvi algo que parece óbvio, mas muitos se esquecem depois de embolsar os primeiros cheques: quanto maior o valor pago, mais responsabilidade o esportista terá com os empregadores.

Os profissionais (?) do esporte são vistos como exemplos para os torcedores e as empresas que os patrocinam, pois essas companhias atrelam sua imagem a eles. Portanto, o que feito fora de campo também conta. Se influenciar no desempenho em campo, mais ainda.

E o que tem esse papo todo com Levir Culpi? Ora, se o treinador não está disposto a suportar o peso de ser o comandante de um dos maiores clubes do País, deveria procurar outro ofício para a sua vida. Há vários outros segmentos bem mais tranquilos para trabalhar. Mas precisa entender que, neste caso, os vencimentos serão bem mais modestos.

Aliás, o senhor Levir Culpi deveria mesmo era levantar as mãos para o céu por ter a sorte de entrar em um mundo seleto, pois a maioria da população mundial sofre pressões absurdas para receber salários que muitas vezes não suprem ao menos suas necessidades básicas. Então, menos Levir. Bem menos...

Publicidade

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.