O peso da obrigação

O empate do Palmeiras em 2 a 2 com o Cruzeiro, na quarta, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, mostrou que o time alviverde foi vitimado pelo peso da obrigação de vencer. A derrota do rival Corinthians, no domingo, para a Ponte Preta (1 a 0, em Campinas), que abriu a possibilidade de queda da diferença entre ambos para apenas três pontos na tabela, parece ter confirmado a fraqueza do atual grupo palmeirense.

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Por Cesar Sacheto
Atualização:

Os jogadores deram todos os motivos para a desconfiança da torcida. O zagueiro Juninho entregou o ouro logo nos primeiros minutos da partida, marcando um golaço, só que contra as próprias redes. No segundo tempo, ele também falhou no lance que terminou com a linda cavadinha do meia Robinho (saudades, palmeirenses?) e no segundo gol cruzeirense.

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O interino Alberto Valentim - que vem sendo bastante elogiado após três vitórias seguidas no comando da equipe - também provou que ainda não está pronto para momentos decisivos. Fez alterações duvidosas e o seu time, apesar do bom volume de jogo, apelou novamente para os desesperados cruzamentos na área na tentativa de virar o placar.

Já o Corinthians parece estar sofrendo com o peso do sucesso inesperado obtido nesta temporada, quando passou de quarta força a campeão estadual e dono de uma campanha histórica na primeira parte do Brasileiro. Maso time de Fábio Carille também acusou o golpe. Faz uma campanha horrorosa no segundo turno do Nacional e vê aquela baita gordura adquirida na primeira fase do torneio sendo queimada jogo a jogo.

No caso do time alvinegro, além da pressão psicológica, pesa também o desgaste provocado por um elenco com poucas opções, além da má fase de seus principais jogadores. Jádson, Rodriguinho, Fágner, Guilherme Arana e até mesmo o atacante Jô estão caindo pelas tabelas.  E os reservas são fraquinhos. Será que o Corinthians segura a onda até o fim da competição e levanta a taça? Ou o Palmeiras supera suas fragilidades e parte rumo ao título? Ou teria o Santos fôlego para chegar?

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