A vitória da Ponte Preta sobre o Palmeiras, em Campinas, por 3 a 0, deixou quase todo mundo de queixo caído. Ninguém imaginava que o Verdão confundisse o feriado da Páscoa com o de Finados. Afinal, o time estava mortinho da Silva.
Por falar em morto, William Pottker - que é o novo carrasco do Palmeiras, assim como já foram Marcelo Ramos, Fábio Júnior e Mirandinha, entre outros - já se preparava para se fazer de cadáver depois de tocar na bola no primeiro gol do time ponte pretano. Só assumiu que o gol era dele quando viu que o árbitro confirmou o gol. Tsc, tsc.
Obviamente, não podemos desprezar a força do Palmeiras, ainda mais jogando no seu estádio e mordido pela vergonha que um vexame desse porte causa. O próprio Verdão já reverteu um placar quase impossível, há 21 anos. Na disputa válida pelas quartas de final da Copa Libertadores de 1995, o Alviverde perdeu por 5 a 0 para o Grêmio, em Porto Alegre. Na volta, no antigo Palestra Itália, o Palmeiras saiu perdendo por 1 a 0, mas teve forças para fazer cinco gols. Faltou unzinho. Mas foi uma noite mágica. Também ouviremos muitas citações sobre a virada heroica do Barcelona sobre o PSG. Mas o fato é que está muito mais para a Ponte.
Já no clássico Majestoso, o Corinthians, desacreditado, tido como azarão desde o início do campeonato, fez um partidaço e saiu do Morumbi com uma vantagem também muito difícil de ser revertida. Não vejo o time levando de três no Itaquerão.
O time dirigido por Rogério Ceni, por sua vez, leva mais uma pancada dentro de seus domínios - outrora quase intransponíveis - e fica mais longe da final. Já está praticamente eliminado da Copa do Brasil pois, convenhamos, será quase impossível reverter os mesmos 2 a 0 de desvantagem para o Cruzeiro de Mano Menezes no Mineirão. Mas, Deus é quem sabe.
Para o Tricolor, especialmente o seu técnico, fica o recado de que está na hora de ligar o desconfiômetro em relação ao trabalho do mestre Ceni. Tenho visto entrevistas arrogantes, explicações repletas de estatísticas sobre as atuações do time. Ele parece engolir um chip com as informações que a sua comissão anota durante os jogos antes de falar com os jornalistas.
Mas, gostaria de lembrar ao Rogério - ainda novo na profissão de treinador - que o futebol é muito simples: ganha quem coloca mais vezes a bola dentro das redes do adversário. Se não fizer gols ou marcar a mesma quantidade do adversário, dá empate. É isso.
A nota positiva para o São Paulo foi a atitude nobilíssima do zagueiro Rodrigo Caio - chamado de jogador de condomínio por um dirigente do clube - que se acusou para o arbitragem, evitando que o corintiano Jô fosse punido com um cartão amarelo por algo que não havia feito (dar um pisão no goleiro Renan Ribeiro). Parabéns ao Rodrigo!!!