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Provas de rua de A a Z

Wings for Life Run World arrecada R$ 23,7 milhões

Com recorde de inscritos, 155 mil, a quarta edição da corrida beneficente em prol das pesquisas da cura da lesão medular teve como vencedor o sueco Aron Anderson, que percorreu 92,14 km em Dubai.

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Por Silvia Herrera
Atualização:

Aron Anderson Foto: Estadão

Cento e dez mil pessoas de 24 cidades, em 23 países diferentes participaram, neste domingo, dia 7 de maio, da quarta edição da Wings For Life World Run. Além deles, outras 45 mil pessoas de 35 países diferentes contribuíram para a causa, correndo via aplicativo ou apenas fazendo a doação, totalizando as 155 mil inscrições. Com isso foram arrecadados este ano arrecadados 6,8 milhões de euros (23.76 milhões de reais.

 Foto: Estadão

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No Brasil, o palco foi Brasília. Luís Felipe Barboza ganhou entre os homens, percorrendo 58.88 km, e a curitibana Letícia Saltori conquistou o bicampeonato entre as mulheres, com 44.93 km. "Eu correria na Polônia, mas aí tive que participar de uma outra prova em Guarapuava na véspera (6) e acabei não conseguindo ir. Meu marido foi pra lá e competiu e eu corri em Brasília", comentou.

Letícia Saltori Foto: Estadão

Luís Felipe Barboza Foto: Estadão

A pegada da Wings é outra, é ajudar a causa. Outro ingrediente especial é o formato inovador, - sem linha de chegada, a prova só termina quando o corredor é ultrapassado pelo carro da prova, apelidado de catcher car. O campeão mundial é quem corre mais km antes de ser ultrapassado por esse carro. Este ano foi um cadeirante quem venceu! O sueco Aron Anderson, que participou em Dubai, nos UAE, e percorreu 92,14km, novo recorde da competição. Em segundo ficou o polonês Bartosz Olszewski, que correu em Milão (Itália) e fez 88.24 km. Entre as mulheres, a vencedora foi a polonesa Dominika Stelmach, que estava em Santiago (Chile) e correu 68.21 km.

"Sou cadeirante desde os 7 anos e vencer esta prova, competindo contra mais de 155 mil pessoas, é a sensação mais especial da minha vida. E ainda mais trabalhar por essa causa que me alimenta o sonho de voltar a andar", celebrou Aron.

Os cadeirantes são convidados a ir com a cadeira que eles usam no dia a dia, não precisa daquela especial de corrida, a proposta é sair de casa, chamar a atenção para a importância desta pesquisa, como fez Sabrina Ferri, destaque do post anterior, que participou pela quarta vez. Também correram em Brasília Fernando Fernandes, o medalhista de ouro olímpico Bruno Schmidt, a ultramaratonista Fernanda Maciel, o triatleta Igor Amorelli, o surfista de ondas grandes Pedro Scooby, o atual campeão da Stock Car Felipe Fraga, o piloto de parapente acrobático Rafael Goberna e o surfista Matheus Herdy. O pentacampeão da Stock Car Cacá Bueno foi responsável por dirigir o catcher car.

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"Parabéns a todas as pessoas, a todos os locais que participaram, doaram e se voluntariaram", agradeceu Anita Gerhardter, a CEO do Instituto Wings For Life. "Só de participarem de um simples desafio como este hoje, vocês deram esperança a pessoas que sofrem inúmeros desafios todos os dias. Os fundos que vocês levantaram farão com que pesquisadores de primeira linha possam continuar buscando a cura da lesão na medula espinhal". #redbulllevasabrinapracorreremmilão #corridaparatodos

Ajude

No próximo domingo, 14 de maio, há uma corrida beneficente do GRAACC na capital paulista, a às 7h, nas imediações do Parque do Ibirapuera. Neste ano, o evento terá como tema "Corrida dos Sonhos". A largada será na Avenida Pedro Álvares Cabral e conta com dois percursos: 10km para corredores e 3km para os caminhantes. A ação tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, além de arrecadar recursos para o hospital da instituição, que trata de crianças e adolescentes com câncer. Este ano, as inscrições custam R$100,00, e podem ser feitas pelo site www.graacc.org.br

Depoimento

Todo mundo que participa ama. Yara Achôa, jornalista e corredora, participou pela primeira vez. Como estou lesionada e proibida de correr até junho passei minha inscrição para ela, que está se preparando para sua oitava maratona. E não é que Yara brilhou! Foi a campeã da sua faixa etária! Parabéns Yara! #mulheradapoderosa. Confira abaixo o relato de Yara.

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Yara Achôa Foto: Estadão

"A Wings for Life World Run 2017, em Brasília, foi uma das corridas mais bacanas que participei. O formato, - sem linha de chegada, com o carro perseguidor atrás de você - gera um misto de diversão com ansiedade. Conversei com vários amigos que já haviam feito edições anteriores da prova, para ter uma ideia de quantos quilômetros eu poderia fazer. O que me ajudou também a fazer este cálculo foi entrar no site e usar a calculadora criada pela organização para ajudar você a fazer sua projeção.

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Minha expectativa era fazer 20km. E com esse número na cabeça, alinhei para largar no domingo, 7 de maio de 2017. Um lindo domingo, diga-se de passagem. Além do sol e do bonito cenário - o Museu Nacional da República -, o clima de festa contagiava. E que maravilha ver uma participação tão democrática. A Wings é uma corrida que tem como objetivo arrecadar fundos para as pesquisas da cura da lesão da medula espinhal - então, muita gente que precisa desses avanços também estava ali para largar ao nosso lado.

Minha estratégia foi sair forte, para testar até quando eu aguentaria um ritmo mais intenso. Em vários quilômetros, para meu espanto, meu pace ficou abaixo de 5 minutos. A corrida foi avançando e fui vendo que daria para fazer mais do que eu havia previsto - quanto mais, não sabia. Nem o calor (25 graus sem sombra) nem as subidas do percurso incomodaram.

Em vários trechos, colei em alguns corredores que iam no mesmo ritmo que o meu, para aquele apoio básico. Isso ajudou muito. Estava delicioso correr... Era só deixar fluir. Mantive firme o pace de 5min/km até o quilômetro 19, quando dei uma reduzida para tomar o gel e beber água com calma. No 20 já tinha voltado à rota. Na meia maratona (21K) o relógio marcava 1h47m, cinco minutos a menos que minha melhor marca na distância.

Assim segui até o carro me alcançar e a prova acabar para mim. Se tivesse de continuar, não sei por quanto tempo manteria o ritmo. 22,38 quilômetros foi de bom tamanho. Desse ponto voltei conversando com outros corredores até a arena da prova, que continuava em festa.

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Fiquei muito feliz com meus 22,38km completados em 1h54m14s (ritmo de 5'05"/km): minha melhor performance em provas. E para minha grata surpresa, esse resultado me colocou como campeã na minha categoria - mulheres de 50 a 55 anos. Foi simplesmente o máximo. Fiquei com vontade de voltar no próximo ano!" #anoquevemvamosjuntas!

Veja como foi abaixo

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