A temporada 2015-2016 da NBA se transformou em especial. Um dos melhores jogadores que já pisou em uma quadra de basquete, Kobe Bryant, confirmou que vai se aposentar. É o fim da linha. O corpo não suporta mais. O tempo foi um adversário insuperável.
O anúncio foi feito pouco antes da partida do Los Angeles Lakers contra o Indiana Pacers. Kobe publicou uma carta no Players Tribune. Uma declaração de amor ao esporte que ele conheceu com seis anos, quando enrolava as meias do pai e simulava arremessos decisivos, e agora se despede, aos 37, depois de incontáveis bolas no último segundo convertidas.
O astro agradeceu ao basquete por tudo que conquistou e o basquete certamente será eternamente grato pela dedicação de Kobe. A obsessão por ser o melhor, se colocar ao lado (ou próximo) de Michael Jordan, fez dele o jogador espetacular que por 20 anos foi incansável na busca por vitórias, por títulos, pela perfeição.
Kobe conquistou cinco anéis de campeã da NBA, foi eleito o MVP (jogador mais valioso) das finais duas vezes e da temporada regular em uma oportunidade. Foram ainda quatro prêmios de MVP do All-Star Game, além de duas medalhas de ouro olímpicas (Pequim-2008 e Londres-2012).
Para jogadores como ele, não basta entrar em uma quadra. Kobe escolheu se aposentar porque o corpo não executa mais os comandos do cérebro. Aquele movimento que era fácil se tornou quase que impossível de realizar. Perder é algo que o ala teve de se acostumar, mas não conseguir ser mais o jogador de outrora indicou que era o momento de sair de cena.
Os fãs do basquete, com certeza, vão lotar os ginásios daqui até o final da temporada da NBA para vê-lo, mesmo que o desempenho não seja aquele que o colocou no topo. Se Kobe agradeceu o basquete, todos nós temos de reverenciá-lo pelo prazer que ele proporcionou todas as vezes que pisou em uma quadra.
Obrigado, Kobe!