Foto do(a) blog

Basquete, basketball, baloncesto...

Vence quem investe, não há outro caminho

Equipes que investiram bastante, Bauru e Mogi das Cruzes vão brigar pelo título da Liga Sul-Americana, quinta-feira

PUBLICIDADE

Por
Atualização:

Não é de hoje que o investimento é, quase sempre, sinônimo de sucesso. Quem tem dinheiro para contratar e dar boas condições de trabalho aos jogadores e comissão técnica, claro, leva vantagem.

PUBLICIDADE

O Flamengo é uma prova concreta. A equipe rubro-negra atingiu um patamar elevado por investir. Paga salários acima da média e, de uns tempos para cá, não tem atrasado os pagamentos, problema recorrente em um passado recente.

A final brasileira da Liga Sul-Americana, que acontece na quinta-feira, Às 21h30, no ginásio Panela de Pressão, em Bauru, é apenas uma comprovação desta situação que há muito tempo transita no basquete.

Bauru e Mogi das Cruzes vão lutar pelo título porque investiram apostando no retorno esportivo e, como consequência, o financeiro. Estar em evidência é vital em um esporte em que o fluxo de dinheiro em caixa está intrinsecamente ligado ao desempenho em quadra. Conquistas sempre significam sobrevivência.

Publicidade

Shamell (esq.), de Mogi, enfrenta Jefferson, de Bauru  Foto: Estadão

A equipe bauruense já saboreou parte deste retorno. Montou um elenco muito forte, com Alex, Rafael Hettsheimeir e Larry Taylor, citando três jogadores que defenderam o Brasil no Mundial deste ano, na Espanha, além de Robert Day, Murilo, Jefferson William, Gui Deodato, Ricardo Fischer...

Bauru levou o bicampeonato paulista no final de outubro. Agora chega como favorito para conquistar um título continental. A equipe do competentíssimo técnico Guerrinha atropelou (103 a 57) o Malvín, do Uruguai, na semifinal, na terça-feira, comprovando o peso do investimento.

O Mogi das Cruzes é o azarão, mas chega credenciando pela vitória dramática contra o Boca Juniors, da Argentina, por 87 a 85, na prorrogação. A classificação, claro, deve-se ao salto de qualidade que o time deu para esta temporada.

Surfando na ótima campanha na sexta edição do NBB, quando se tornou o primeiro time a se classificar em 12º lugar na primeira fase e chegar à semifinal, o Mogi investiu na qualificação de um elenco que era limitado, apesar de aguerrido.

Com bons jogadores, como Shamell, cestinha ex-Pinheiros, e o pivô Paulão Prestes, e comandado pelo excelente técnico espanhol Paco García, os mogianos querem o título para evitar que a torneira seja fechada novamente.

Publicidade

Investimento traz resultado. E o resultado mais investimento. Não há outro caminho para sobreviver no basquete brasileiro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.