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Uma grande chance para Bellucci. Mais uma, aliás

Brasil Open oferece ao brasileiro a oportunidade de voltar a conquistar um título de torneio da ATP, o que não ocorre desde 2012

Por Mateus Silva Alves
Atualização:

O Brasil Open, torneio que sofre com a falta de pelo menos um nome de grande impacto, levou um baque com a desistência de última hora de Feliciano López, nada menos do que o cabeça de chave número um. O espanhol se machucou na final do ATP de Quito, segundo seu relato, e não poderá jogar em São Paulo. A notícia foi ruim para os organizadores do torneio disputado no Ginásio do Ibirapuera, mas há quem possa se beneficiar dela. Thomaz Bellucci, por exemplo.

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O canhoto López, um dos poucos jogadores do circuito que se arriscam no saque e voleio - e com competência -, certamente colocaria Bellucci em maus lençóis se eles se enfrentassem na semifinal, como indica a chave. Um problema a menos para o brasileiro, então. Caso passe pelo perigoso eslovaco Martin Klizan na estreia (o retrospecto entre eles aponta 2 a 1 para o europeu), Bellucci terá no caminho até a decisão mais dois cabeças de chave: o argentino Leonardo Mayer nas quartas e o espanhol Fernando Verdasco na semifinal (3 a 1 para o brasileiro no primeiro caso, 3 a 1 para o espanhol no segundo). Isso, obviamente, se eles não forem surpreendidos por jogadores menos cotados.

Seja como for, poucos torneios oferecem uma chance tão boa para Bellucci quanto o Brasil Open, embora sua relação com a torcida brasileira seja de amor e ódio. E ele nunca aproveitou essa chance. O bom desempenho no ATP de Quito, em que foi à semifinal, e o "fator casa" têm de servir de motivação para um jogador que ainda busca transformar em resultados o seu grande potencial. Entrar na quadra do Ibirapuera com a lembrança do que ele fez em sua última aparição na Copa Davis, contra a Espanha, será um ótimo começo.

Façanha

Aos 34 anos, o dominicano Victor Estrella Burgos tornou-se em Quito o jogador mais velho da Era Aberta a ganhar o primeiro título de ATP. É um feito e tanto para alguém que passou a carreira toda nas profundezas do ranking mundial e - por que não dizer? - um valioso recado para Bellucci: nunca é tarde para encontrar seu jogo. Se Burgos joga o melhor tênis de sua vida aos 34, o canhoto de Tietê pode fazer bem melhor do que tem feito aos 27.

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Aos 34 anos, Burgos triunfou em Quito. E pode ser uma grande inspiração para Bellucci Foto: Estadão
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