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Tabelinha entre tática, opinião e informação

Cinco times e um destino no Brasileiro-16

Palmeiras e Grêmio levam jeito que poderão brigar pelo título até o fim, ao passo que Corinthians e Santos são grandes pontos de interrogação, e o Internacional precisará confirmar que terá fôlego nessa disputa.

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Por Maurício Capela
Atualização:

Quinteto, um terço, quatro vagas. Tem jeito de equação matemática, mas não é. Longe disso. Na verdade, é a combinação dos principais algarismos que, até aqui, regem o Campeonato Brasileiro deste ano.

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Às portas da 14a. rodada do certame, o que significa pouco mais de um terço do Brasileiro já percorrido, cinco equipes lançam um olhar em direção ao título da competição e, claro, ao grupo dos quatro melhores. A saber, Palmeiras, Corinthians, Grêmio, Santos e Internacional.

Com filosofias distintas, elencos diversos e recursos assimétricos, o campeonato deste ano parece que vai colocar em lados opostos gaúchos e paulistas, com uma leve vantagem em direção aos paulistas. E não, não seria pela questão numérica, mas sim pela combinação elenco e treinador.

Ou seja, dos cinco postulantes até aqui, Palmeiras e Grêmio têm tudo para rivalizar pelo caneco. Ainda que seja líder neste momento, o Verdão tem apenas quatro pontos à frente dos gremistas e três longe do vice-líder, Corinthians. E há dois terços de certame pela frente.

Mas... E o atual campeão nacional, o Corinthians? Bem, o clube está imerso em um processo de remontagem de filosofia, o que inclui elenco e tudo que cerca este ponto. Cristóvão Borges mal desembarcou no clube, com a responsabilidade de substituir Tite, que foi para Seleção Brasileira, e seria, no mínimo, ingênuo colocá-lo par e passo com Cuca, que remontou o Palmeiras no período entre estaduais e nacional, e Roger, que já está no Grêmio há cerca de um ano.

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Portanto, naturalmente do quinteto, claro, o Palmeiras desponta. Desponta, porque tem elenco mais completo tecnicamente e taticamente, além da competência no banco de reservas.

Já o Grêmio, com elenco menor em termos de diversidade, tem sido levado na boa percepção de jogo que tem Roger, o treinador. Roger, inclusive, é uma das gratas revelações no que diz respeito a técnicos de futebol no País.

Na outra ponta do quinteto, Internacional e Santos, em que pese o bom começo, terão dificuldades no decorrer da competição. Primeiro, porque Argel Fucks, outro competente treinador, parece estar preso a um sistema de jogo, que os demais já mapearam. Ou seja, há previsibilidade de performance no Internacional, o que traz e trará problemas ao longo da competição.

Já Dorival Júnior, apesar de conduzir com propriedade o Santos, está montando um elenco diferente, ampliando questões técnicas, ao longo da competição, o que não é nada recomendável. Nada!

Em outras palavras, o Santos tem tudo para ser a surpresa do Brasileiro, cuja previsibilidade aponta já, neste momento, em direção ao Palmeiras. Corinthians e Grêmio, mesmo fortes, estão um degrau abaixo do time de Cuca.

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