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Tabelinha entre tática, opinião e informação

Fale, Portuguesa!

Mesmo com investigações internas ainda em andamento, Portuguesa deveria escalar seus dirigentes e colocar em campo o que já apurou. Medida ajudaria a preservar a imagem do clube.

Por Maurício Capela
Atualização:

A Associação Portuguesa de Desportos vive a maior crise desde sua fundação em 14 de agosto de 1920. É uma crise administrativa, que vem de anos já, é verdade, mas quedesta vez parece ter chutado para escanteio o futebol de um dos clubes mais tradicionais do Brasil.

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Com ares de interminável novela, o estopim dessa crise está próximo de completar um ano de vida e a nau rubro-verde parece se chocar contra as pedras, sem que o comandante pegue o timão pela mão. O "Caso Héverton" clama pela pró-atividade de quem comanda atualmente os destinos da Portuguesa!

As reportagens de Gonçalo Júnior em "O Estado de São Paulo", ancoradas na investigação que vem sendo feita pelo Ministério Público de São Paulo, além das recentes declarações do promotor Roberto Senise Lisboa, responsável pelo inquérito que corre no MP, jogam luz sobre um dos capítulos mais tristes da história rubro-verde.

À Portuguesa não cabe o silêncio. É mandatório a quem atualmente comanda os destinos do clube sair a público e definitivamente dar a versão que tiver em mãos. Se está incompleta ou quase completa, pouco importa.

O clube, que perdeu muito do seu brilho dentro de campo, não pode assistir impassível sua imagem se tornar turva. Apesar de comunicados fazerem parte do dia a dia de quem toca os departamentos de comunicação de grandes empresas, entidades e clubes, o assunto é denso demais para caber em uma folha em branco, repleta de letras em negrito!

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A torcida, a imprensa e a sociedade em geral, que tem o futebol como uma das principais expressões culturais do Brasil, deseja mais. É preciso ver rosto e ouvir voz!

A Portuguesa precisa falar. A Portuguesa precisa separar o joio do trigo. A Portuguesa precisa dizer claramente o que apurou e se descolar um pouco do infeliz episódio que a dragou, por fim, para a Série C.

O que está em jogo é a imagem de um clube que já revelou um sem número de excelentes jogadores e que participou ativamente da conquista dos três primeiros títulos de Copa do Mundo do Brasil.

A Lusa é a quinta força do futebol paulista. Está em crise, é fato! Mas ainda é a quinta força paulista e precisa demonstrar toda essa musculatura agora, também fora de campo. É preciso falar, Portuguesa, de preferência, alto e bom som!

Está na hora de quem toca os destinos do clube descer ao vestiário, pegar a camisa 10 em verde e vermelho, calçar as chuteiras e tratar de colocar a bola no meio de campo, porque talvez a mais dura partida da Portuguesa esteja a minutos de começar... Fale, Portuguesa!

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