Uma pilha de oito metros de altura em notas de R$ 100 pelos gols, dribles e lances de Neymar Júnior. Foi isso que o gigante inglês Manchester United ofereceu ao Barcelona da Catalunha pelo jogador brasileiro, quando colocou à mesa a oferta de R$ 760 milhões.
A conta é mais curiosa do que complicada, porque é na espessura que se resolve a equação. Se um pacote de cem notas de R$ 100 for montado, logo, a espessura desse conjunto vai se aproximar de 1 centímetro de altura. A partir daí, tudo fica claro, porque um pacote contendo cem notas de R$ 100 equivale a R$ 10 mil. Então, é só multiplicar para se chegar aos oito metros em questão.
Mas toda esse exercício de matemática ainda pede um adicional. Um adicional de lógica! Afinal, porque transformar Neymar Júnior em o jogador mais caro da história do futebol mundial?
Por quê? Porque esse é modelo vigente do esporte bretão. Um jogo que se ancora no marketing, que transforma jogadores em celebridades e que é uma opção de lazer.
Portanto, levar Neymar Júnior para Manchester faz todo sentido. Faz, porque os direitos televisivos do campeonato inglês para o período 2016 - 2019 giram ao redor de R$ 27 bilhões, tornando-se o mais caro do planeta futebol. No Brasil, estima-se que a cifra trafegue na casa de R$ 1 bilhão.
Ou seja, o Campeonato Inglês precisa de astros. E muitos! Jogadores das mais diversas seleções. E muitas! Só assim será possível, e fará sentido, manter a transmissão do certamente por todo o planeta.
Craque de futebol, ídolo da nação que ostenta cinco estrelas no peito, o esforço, a tentativa, tudo faz sentido. Até porque os clubes de Manchester, em especial o United, o mais vitorioso, jamais conseguiu emplacar um grande jogador brasileiro em suas fileiras. Quem lá passou, ocupou apenas a posição de candidato a ídolo. E só!
Portanto, do ponto de vista de negócio, tudo parece se encaixar. Mas e na esfera técnica? Faz sentido? Pois é... Dentro de campo, a lógica matemática fica em segundo plano e Neymar Júnior, e seu corpo de executivos, deveriam acrescer um dado nessa equação: o imponderável técnico holandês Louis van Gaal.