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Tabelinha entre tática, opinião e informação

O dia em que os Estados Unidos calçaram as chuteiras!

Investigação deflagrada pela Justiça norte-americana poderá atingir a lógica de entretenimento em que o futebol está inserido globalmente.

Por Maurício Capela
Atualização:

Nove Copas do Mundo, nenhum craque e apenas um terceiro lugar conquistado já no distante Mundial de 1930. Definitivamente, dentro de campo, os Estados Unidos jamais se aproximaram da condição de favorito quando o assunto é futebol masculino. Mas a partir desta quarta-feira, 27 de maio de 2015, será impossível falar do esporte mais popular do planeta sem mencionar os norte-americanos.

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A ação da Justiça dos Estados Unidos não só prendeu preventivamente personalidades importantes do mundo da bola, como também colocou em xeque as eleições presidenciais da Fifa, marcadas para acontecer na sexta-feira, 29. Sem falar das Copas do Mundo de 2018 na Rússia e de 2022 no Catar.

Mas a ação da Justiça dos Estados Unidos, além dos objetivos correspondentes, pode provocar novo terremoto internacional no mundo da bola. Quer um exemplo? O status atual do futebol como produto global de entretenimento.

Hoje, os grandes craques são celebridades do esporte. E os clubes são verdadeiras empresas de entretenimento. Vendem espetáculo por meio de uma camisa, um ingresso, uma excursão ou a transmissão de seu jogo. E tudo funciona porque a receita é gigantesca e há planejamento.

Agora, caso o fluxo de recursos mingue, aí, a história vai mudar radicalmente. Primeiro, porque o planejamento será alterado. E depois, a contratação de grandes craques já não será uma tarefa "Hala Madrid", como também a comercialização de camisas, ingressos e direitos de transmissão. 

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Em outras palavras, há potencial para o dinheiro ficar curto no mundo da bola, o que poderá aumentar ainda mais a dificuldade a quem vai gerir o negócio futebol nos próximos meses... E talvez anos.

Até porque diante de uma ação judicial desse porte, naturalmente a posição "esperar para ver" de patrocinadores e investidores vai entrar em campo. Só não se sabe ainda com que intensidade.

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