O Brasil está na Rússia. E com direito à ostentação. Afinal, a irretocável campanha da Seleção Brasileira, sob o comando do técnico Tite, não só assegurou a vaga ao Mundial com três rodadas de antecendência em relação ao fim das Eliminatórias da América do Sul, como garantiu a posição de campeão da competição. Um feito!
Um feito, principalmente quando se olha pelo retrovisor. Há um ano, o Brasil era um arremedo de time, desorganizado, desorientando e pouco confiante em chegar ao Mundial de 2018, o que seria também um feito, mas de proporções desastrosas.
Hoje, não. Hoje, a conversa é outra. Bem outra! Hoje, o diálogo é: será que o Brasil está pronto para, de fato, brigar pelo hexacampeonato na Rússia em 2018?
Para este blog, a resposta é não. Em que pese o ótimo desempenho, a boa formação tática de jogo, o poder individual de alguns jogadores nacionais, a Seleção ainda carece de alternativas. E isso ficou evidente diante da Colômbia no magro, mas justo, 1 a 1.
Por que carece de alternativas? Porque bastou Tite promover algumas alterações para se ter algumas certezas em campo. A primeira, Fernandinho não reúne condições de substituir Casemiro. E mais. Haveria algum jogador próximo das condições técnicas em funcionar como alternativa a Casemiro?
Depois, Roberto Firmino nem de longe vai brigar pela condição de titular com Gabriel Jesus, mesmo ambos jogando na fortíssima liga inglesa e vestindo, ambos, pesadas camisas do cenário internacional. Mas aqui vai um parênteses. Este blog deve dizer que a do Firmino pesa até mais, afinal Liverpool tem lá um lastro histórico superior ao do Manchester City de Gabriel Jesus.
Portanto, caberá a Tite nesse um ano de trabalho pela frente encontrar alternativas. Boas e confiáveis para que o Brasil chegue, de fato, em condição de brigar pelo título da Copa do Mundo na Rússia.
Tite sabe, e não deve esquecer que a recuperação da Seleção foi fantástica, brilhante até, mas essa recuperação de jogo, de estilo, de individualidade será estudada à exaustão pelos adversários. E se o treinador não encontrar variações de peça, e não de jogo, porque de jogo ele as tem bem formulada, o Brasil correrá sério risco diante dos candidatos ao título, como a Alemanha.