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Tabelinha entre tática, opinião e informação

Tite e Bauza, há mais semelhanças que diferenças

Clássico de domingo opõe conceitos de jogo que mais se parecem do que se distinguem, ainda que o Corinthians seja um tanto só favorito em relação ao São Paulo.

Por Maurício Capela
Atualização:

Duas escolas, um único objetivo: defender com eficiência e atacar com rapidez. Eis Edgardo Bauza, o técnico do São Paulo, e Tite, o treinador do Corinthians. No próximo domingo, Bauza e Tite estarão frente a frente e o que parece ser uma gigantesca diferença, no fundo guarda enorme semelhança.

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O multicampeão Tite tem o fardo, ou oportunidade dependendo do ponto de vista, de formatar um novo time. É um desafio e tanto para uma equipe que disputa o Paulista, mas sonha com a Libertadores.

Já Bauza tem um trabalho desafiador e difícil pela frente. Construir o São Paulo. Sim, construir! O Tricolor faz tempo que nada disputa. Ameaça, mas não consegue se desenvolver nas competições. Nem o vice-campeonato brasileiro de 2014 trouxe algum alento à torcida, sempre acostumada a grandes títulos.

Contudo, ainda que Tite poupe alguns jogadores, de olho na competição sul-americana, é possível dizer que o Corinthians está um passo adiante no confronto. É favorito, com "f" minúsculo.

Existem algumas virtudes nesse novo Corinthians que parecem dar um fôlego a Tite. A mobilidade de Romero, agora com melhor aproveitamento, Bruno Henrique e seu entrosamento com Elias. Rodriguinho, Guilherme, ou seja, o tempo ainda está nublado, mas já ameaça abrir no horizonte.

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No São Paulo, não. A história é outra. Em que pese que Thiago Mendes venha se desenvolvendo cada vez mais nas mãos de Bauza, na crescente combatividade de Ganso, nas movimentações de Calleri e nesse ótimo Rogerio, que vai subir de produção naturalmente, há muito por fazer.

Bauza ainda não tem um time para chamar de seu. Tem um esquema. O tal do 4-2-3-1, mas não um time. Não ainda! Vai ter, quando as movimentações passarem a ser naturais, as rápidas trocas de passes, as infiltrações e a consistência defensiva falarem mais alto.

Em outras palavras, nada muito diferente do que faz Tite, o mesmo que preza pelas movimentações, infiltrações, trocas de passes e defesa forte.

Portanto, ainda que Bauza seja argentino e Tite brasileiro. Ainda que falem outro idioma. Ainda que venham de escolas diferentes, no fundo, os dois aplaudem os mesmos fundamentos. Não por acaso os mesmos fundamentos do futebol competitivo que se assiste na Inglaterra, na Espanha e na Alemanha. Se o Corinthians está em boas mãos, o São Paulo parece estar também.

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