Será um jogo como nos velhos tempos... Tempos em que de um lado tinha um "Divino", o tal do Ademir, e no outro um "Reizinho", um certo Rivellino... Tempos em que de um lado havia uma viola, perdão, o Viola, e no outro "El Matador", Evair... Tempos de grandes jogos, decisões e fins de tabu, mas que tinham como protagonistas os clubes!
Corinthians e Palmeiras, Palmeiras e Corinthians, a ordem pouca importa... O que importa é que domingo deverá acontecer mais um jogo memorável.
Memorável, porque do lado Alvinegro, há muito em jogo. Há a invencibilidade - o Corinthians é o único invicto do Paulista -, há a posição de dono da melhor campanha e há o desejo de faturar o primeiro título da terceira era Tite. Na segunda, foram cinco canecos em três anos.
Já do lado Alviverde, a fé dá o tom. Fé de que o Palmeiras, enfim, deu o pontapé inicial que o levará a disputar novamente títulos de grandes competições. Fé na reconstrução, emoldurada pela belíssima arena que agora o Verde chama de casa.
Mas o Palmeiras sabe que dentro de campo, é inegável, o Corinthians está em um momento melhor. Taticamente, o time se desenvolve, tem grandes talentos individuais, que produzem coletivamente. Não à toa, tem o terceiro melhor ataque do campeonato, além de ostentar a melhor defesa da competição.
Uma condição que divide com o Palmeiras, também dono da melhor defesa do certame e com um ataque que, apesar de estar na quarta posição entre os principais, pode oferecer mais. Tem potencial para isso.
O duelo, portanto, não vai se resumir a Valdivia e Renato Augusto ou a Elias e Arouca. E tampouco a Tite e Oswaldo de Oliveira.
O duelo deste fim de semana não traz consigo o conceito de protagonismo, porque se há alguém a reivindicar esse rótulo, esse responde pelo nome de Corinthians e de Palmeiras.
Pois é... Fazia tempo que não acontecia um dérbi em que os times, com seus elencos e comissões técnicas, em conjunto, serão os protagonistas. Fazia tempo que a cidade não assistia a um Corinthians e Palmeiras como nos velhos tempos!