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Tabelinha entre tática, opinião e informação

Uma agenda para o futebol

O sucesso da eleição marcada para 26 de fevereiro de 2016 passa necessariamente pela adoção das medidas já anunciadas, mas principalmente pela adoção de um padrão contemporâneo por parte da entidade.

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Por Maurício Capela
Atualização:

O brasileiro Zico, o francês Michel Platini e o argentino Diego Maradona são velhos conhecidos dos gramados. Craques, campeões e ídolos, os três sabem que a eleição para a presidência da Fifa será crucial para o destino do futebol mundo afora. Um novo pleito foi marcado para 26 de fevereiro de 2016.

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Mas não adianta remarcar a eleição se não houver agenda. E tampouco resolve colocar em prática as medidas já anunciadas, como limite para reeleição e adoção de práticas corretas de transparência, e não se abrir para a contemporaneidade do momento.

Em outras palavras, a agenda é maior do que as medidas já anunciadas. É maior porque é preciso compreender que o futebol demanda tecnologia aplicada em campo e que o desenvolvimento do esporte precisa ser global, jamais regional. Além disso, será mandatório tocar na questão a respeito dos investimentos vultosos feitos em clubes específicos, desestabilizando a necessária competitividade que todo esporte demanda.

Portanto, de fato, contemporaneidade talvez resuma o desafio do próximo presidente da entidade máxima do futebol! Resume, mas não encerra.

O debate de ideias, claro, ainda não ganhou as ruas. Mas logo ganhará... E a princípio tanto Zico, postulante já declarado ao cargo, como Platini, que ainda não verbalizou seu desejo, e Maradona, que ainda vive no campo da especulação, deveriam desde já dar publicidade a alguma agenda, porque o desafio que se avizinha será enorme.

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Será tão grande, que talvez ultrapasse os limites de um presidente. Trocando em miúdos, talvez fosse mais proveitoso constituir uma junta, que pudesse contar com os craques citados acima e gente competente das mais diversas áreas, como marketing e finanças, com o objetivo claro de reestabelecer os valores do esporte.

Mesmo porque a questão já não é mais a Fifa. A questão é a recuperação do futebol e de suas crenças.

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