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A taça já é verde?

Palmeiras abre grande vantagem ao vencer o Corinthians, em Itaquera, por 1 a 0. Agora, basta-lhe garantir um empate no jogo de volta, em casa

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Por Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Quase. O Palmeiras deu um passo gigantesco em direção ao título ao ganhar do Corinthians por 1 a 0 no primeiro jogo. E na casa do adversário, ainda por cima. Agora, jogando em seu próprio estádio, domingo que vem, basta ao Palestra um empate para levar o Paulista pela 23ª vez em sua história, superando a marca do Santos, com o qual está empatado.

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O jogo, em si, foi tenso e confuso. Talvez mais tenso e confuso do que seria de esperar. Jogadores maduros, como Felipe Melo e Clayson, se envolveram em conflito e foram expulsos. Não foram apenas eles. Um clima belicoso atravessou a partida do apito inicial ao final.

Esperava-se de fato uma partida tensa, porém calculada e prudente, pela rivalidade da dupla. No entanto, como sempre acontece, um gol que sai muito cedo muda tudo. Foi o que aconteceu quando o Palmeiras marcou, com Borja, aos 7' do primeiro tempo. Essa diferença, logo conquistada, instaura um desequilíbrio em campo. Tudo fica mais aberto, mais emocional e, portanto, mais suscetível à influência do acaso.

O Corinthians bem que tentou reagir, mas a sua ineficiência ofensiva impediu que os esforços virassem gol. A Fiel deve ter, mais uma vez, sentido saudades de Jô, o atacante vendido ao Japão. Ciente dessa deficiência, o Palmeiras jogou de maneira inteligente e cozinhou o Corinthians em seu próprio estádio.

O que reforça ainda mais o favoritismo do Palestra para a decisão é a necessidade de o Corinthians se expor para fazer gols. Para levar a decisão aos pênaltis, tem de fazer pelo menos um e não tomar nenhum. Precisa de uma diferença de dois para resolver no tempo normal. Impossível? Não. Mas bem difícil.

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Quanto ao jogo em si, achei apenas mediano. Apesar da intensidade esperada, faltaram técnica, jogadas exuberantes, grandes gols. Enfim, tudo aquilo que transforma o futebol num dos maiores espetáculos da Terra. Quando bem jogado, claro.

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