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O Santos descendo a ladeira

 

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Por Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Com a derrota para o Grêmio (3 a 1) na Vila, o Santos entrou para a zona do rebaixamento. Perdeu o terceiro jogo consecutivo. A torcida, compreensivelmente, anda cada vez mais ressabiada com o time.

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Não é minha intenção dar uma de profeta (o futebol está cheio deles e de engenheiros de obras feitas), mas avisei aos meus amigos santistas logo após a conquista do Campeonato Paulista: comemorem muito esse título, porque será a única coisa que teremos este ano. Não quiseram me ouvir. Acrescentei: no Brasileiro, o Santos luta do meio da tabela para baixo e, se perder mais jogadores, encosta na turma do rebaixamento. Perdeu vários deles e agora Robinho também se foi.

O time tem alguns bons jogadores. Poucos, como Lucas Lima, e esses garotos ainda instáveis, Geuvânio e Gabriel. Ricardo Oliveira tem sido a boa surpresa como matador veterano e salvação da lavoura em alguns jogos. A defesa é muito fraca, o meio de campo inexiste. Não há articulação entre os setores, não existe esquema de jogo, os defeitos são visíveis aos olhares mais inocentes. Também não vejo paixão. Nem raça, que é a última das qualidades a que se pode apelar e, às vezes, supre a carência das outras.

O time não tem consistência. É um pudim. Pode jogar bem dez, 15 minutos e depois cai de ritmo. O que explica perda de pontos preciosos, quando ganhava e cedeu empates de última hora dentro de casa, como aconteceu diante da Ponte Preta e do Sport. Dois times, é verdade, bem melhores que o Santos atual.

Enfim, dói ver um clube de tradição, o time de Pelé afinal, nesse tipo de situação mal ajambrada. Perdendo de maneira sistemática, jogando uma bolinha de dar pena. Endividado, mal administrado, sem imaginação, parece ter futuro imediato muito triste. Tudo que pode desejar este ano é se livrar da degola. E, caso escape, o que pode aspirar para 2016?

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Difícil dizer. Dentro do panorama melancólico do futebol brasileiro, o Santos Futebol Clube é um caso especial de desolação.

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