Mas então Julio Cesar pegou o pênalti cometido infantilmente e tudo retornou à ordem.
O Brasil abriu o placar com Fred, depois de apanhar rebote do chute de Neymar, e ficou na frente.
Mas no segundo tempo os uruguaios logo empataram e tudo parecia se encaminhar para uma dramática prorrogação quando Paulinho marcou de cabeça e o Brasil se classificou para a final.
Ok, foi bom, e o Uruguai não conseguiu aplicar o Mineirazzo, como aplicou em 1950 o Maracanazzo.
Tenho para mim que todos os brasileiros, ainda que nem tivessem nascido em 50, e ainda que nem mesmo seus pais houvessem visto a luz do dia, carregam para sempre o peso daquela derrota para o Uruguai. É uma espécie de pecado original do futebol brasileiro. Ou, como preferem outros, um mito fundador. Da morte fez-se vida e, entre 1958 e 1970, a seleção, com o intervalo de 1966, deu as cartas no futebol mundial.
Hoje a coisa é outra. O Brasil é penta e nem por isso tem a melhor seleção do planeta.
A melhor joga hoje, contra a Itália, e tenta se classificar para uma final das mais interessantes, com o Brasil.
Caso ocorra, Brasil x Espanha poderá ser um jogo histórico, um tira-teima entre duas escolas de futebol bastante diferentes.
Até então, e talvez mesmo depois de domingo, qualquer que seja o resultado, agora quem dá bola é a Espanha.
É a queridinha dos cronistas esportivos brasileiros. Da maior parte deles, pelo menos.