Não foi nenhuma surpresa a derrota do Santos para o Corinthians por 1 a 0.
Primeiro, porque é jogo sempre difícil e o Corinthians, apesar de tanto desmanche, consegue se manter como equipe sólida. Não tanto como no passado, diga-se, mas Tite é mesmo um bom organizador. Ou, dado o que é o futebol brasileiro, um bom reorganizador de equipes desfeitas.
Não sei se Dorival Jr. também é. De qualquer forma, em benefício do treinador lembre-se que não tem mesmo muito como montar o time. Sem reservas à altura e sem três dos principais jogadores (dois na seleção, Lucas Lima e Gabriel, outro contundido, Ricardo Oliveira) botou em campo um arremedo de equipe. O time não está jogando nada e esta é a razão principal para a derrota.
Tentou se defender, sem qualquer ameaça ao adversário, nem em contra-ataques. Essa tática é suicida. Dá errado em, digamos, 90% das vezes. É pior, muito pior, que jogar roleta russa. Nesta você tem mais chances de sair vivo. Quem via o jogo sabia que o gol corintiano era questão de tempo. Veio aos 36' do segundo tempo. E o Santos tinha capacidade de reação? Claro que não, apesar de o treinador, de forma tardia, ter colocado três atacantes.
Agora, para quem esteve na Vila domingo, ou viu o jogo na TV, a derrota de ontem é que não foi surpresa mesmo. O Santos não jogou nada, mas nada mesmo diante do Internacional. Mereceu ser derrotado, e em casa. No campo do adversário, o Corinthians, só confirmou que, desse jeito, o calvário será terrível.
Ou a diretoria se coça e traz reforços ou o clube vai brigar para não cair este ano. Simples assim.
Mesmo porque vai ficar nove rodadas sem os dois da seleção e não se sabe quantas sem o centroavante combalido. Isso se os dois da seleção de fato voltarem, o que pode muito bem não acontecer, pois o futebol brasileiro é um mercado de exportação e a seleção, sua melhor vitrine.
Acorda, Santos.
