Faltando dois meses para os Jogos Olímpicos do Rio, o Brasil enfim tem uma candidata a "surpresa", a "medalha que ninguém esperava". Enfim tem uma equivalente a Yane Marques, que chegou a Londres com tudo para ganhar medalha - e ganhou -, ainda que não estivesse no radar de toda a grande mídia.
Esse papel, no Rio, será de Ana Sátila. Na sexta-feria, ela foi segunda colocada na primeira descida da etapa de La Seu d'Urgell (Espanha) da Copa do Mundo de Canoagem Slalom. No primeiro dia de competição, só fez tempos piores que duas espanholas, atletas da casa, que, obviamente, tem maior facilidade com o percurso. No Rio, será Ana a competir em casa.
Na semana passada, em Ivrea (Itália), na primeira etapa da Copa do Mundo, Ana já havia feito a melhor descida da competição. Há de se ponderar que, na disputa por medalha, na hora H, ela perdeu uma porta e terminou apenas em nono. Mas não deixa de ser um fato considerável.
A brasileira, natural de Foz do Iguaçu e criada no canal de Itaipu, foi campeã mundial júnior em 2014 e vice-campeã mundial sub-23 no ano passado, competindo em casa. Também no ano passado, ganhou uma medalha em Copa do Mundo, mas no C1, prova que não é olímpica. Com a experiência de ter competido em Londres-2012 quando tinha apenas 16 anos, vai chegar ao Rio-2016 como forte candidata à medalha. Não vale dizer que não avisei.