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'Brasileiros de Plástico' decepcionam, mas Brasil vai bem no Mundial de Esgrima

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:
Nathalie Moellhausen estreia pelo Brasil no Mundial de Esgrima Foto: Estadão

O Brasil já tem, no Mundial de Kazan (Rússia), sua melhor participação em Mundiais de Esgrima. Afinal, dez brasileiros avançaram aos mata-matas, passando pela chamada poule (fase de classificação). No ano passado, por exemplo, foram só cinco atletas que conseguiram tal feito, contra quatro em 2011. Mas os chamados 'brasileiros de plástico', os atletas que mudaram de nacionalidade esportiva para defender o Brasil na próxima Olimpíada, ajudaram pouco.

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A maior decepção chama-se Nathalie Moellhausen. Como italiana, ela foi campeã mundial por equipes em 2009 e bronze individual em 2011. Com dupla cidadania desde sempre (tem avós brasileiros), afastou-se do esporte depois dos Jogos de Londres e voltou agora, para defender o Brasil. No Mundial, ficou apenas na 74.ª colocação, bem aquém das expectativas.

A Confederação Brasileira de Esgrima (CBE), porém, não esconde que Nathalie é nome certo para os Jogos do Rio/2016. O Brasil tem direito a oito vagas, como país sede, e deverá levar time completo na espada feminina, para competir por equipes. Ainda que venha a ser coadjuvante, Nathalie deve ajudar Cleia Guilhon e Amanda Simeão, que foram ao mata-mata no Mundial respectivamente no 46.º e no 52.º lugares.

A espada ainda tem outra atleta importada, a norte-americana Katherine Miller, de apenas 20 anos. A garota, que tem pai brasileiro mas sempre viveu em Nova York, foi apenas 122.ª na fase de classificação do Mundial, mas ainda tem muito a evoluir.

Dos quatro 'brasileiros de plástico' em Kazan, só um passou de fase: o francês Ghislain Perrier, adotado quando criança, foi 24.º na poule no florete. Ex-espanhola, mas já naturalizada há algum tempo, Marta Baeza ficou em 77.º no sabre, melhor brasileira nesta arma (o que não significa muito).

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No masculino, o florete é a arma na qual o Brasil deve levar equipe ao Rio. Afinal, classificou, além de Perrier, também Guilherme Toldo e Fernando Scavasin. No sabre, na terça, quando começou o Mundial, Renzo Agresta cumpriu a expectativa depositada nele e avançou. Nesta quinta, na espada, o garoto Guilherme Melaragno também passou. No florete feminino, aproveitando que só havia 86 atletas inscritas, o Brasil colocou três entre as 64: Tais Rochel, Mariana Dafner e Beatriz Bulcão.

A disputa por medalhas em provas individuais em Kazan vai de sexta a domingo, começando pelo sabre, passando pelo florete e terminando na espada. Entre domingo e quarta acontecem as disputas por equipes.

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