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Sua dose diária de esporte olímpico brasileiro

Copa Brasil de Vela atrai estrangeiros e dá espuma como cartão de visitas

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Nenhum esporte olímpico depende tanto de condições climáticas quanto a vela. Jogar vôlei num ginásio em Cuba ou na Islândia dá praticamente na mesma. Vai vencer o melhor. Bolt vai ser o mais rápido do mundo no frio ou no calor. Mas, na vela, é importante conhecer a fundo onde se está pisando - no caso, boiando. Afinal, é o vento (fator climático) o propulsor do barco.

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Por isso que o mundo da vela está de olho no Rio desde já. Quer saber como será o iatismo nos Jogos de 2016. Tanto é que a Grã-Bretanha, potência na modalidade, mandou equipe completa e até seus melhores barcos para participar da Copa Brasil de Vela, que começa nesta terça-feira, em Niterói, na praia de São Francisco. Argentina e Estados Unidos também vieram com suas seleções e encontraram exatamente aquilo que mais se teme para 2016: poluição.

Nestasegunda-feira, o litoral sul do Rio foi tomado por uma espuma amarelada densa, que afastou turistas e moradores. Tal espuma é um fenômeno natural causado pela floração e decomposição de algas, e não representa risco à saúde ou ao meio ambiente. Segundo especialistas, o fenômeno é potencializado por fatores climáticos (como o sol de rachar) e pela presença de nutrientes na água.

E todo o esgoto constantemente jogado no mar acaba cumprindo o papel de adubo. Se não houvesse tanta poluição não haveria tanta espuma. E o velejador, que vive no mar, sabe disso. Além disso, a imagem do mar cheio de espuma causa impacto. Se o Rio queria apresentar sua Baía, obviamente por azar, escolheu a pior data possível. O cartão de visita não deixa dúvidas de um problema que não será nada fácil resolver até 2016.

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