Há muita gente dizendo que o Brasil decepciona neste início de Olimpíada. Mas será? Pense bem, levando em consideração os fatos acima. O Brasil vai mal nos esportes nos quais a mídia e a opinião pública depositaram uma expectativa desproporcional: natação e judô, além do futebol masculino. De resto, não há do que se reclamar.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) sempre disse que, tão importante quanto atingir a meta do Top 10 no quadro de medalhas é variar o cardápio de opções. Um dos critérios que faz de um país uma potência olímpica é ter chances de medalha no maior número de modalidades. Ganhar ou perder é coisa do jogo, do dia, do atleta. Por enquanto, o Brasil vai cumprindo muito bem essa meta.
Talvez mais importante que isso é conseguir resultados em modalidades que não têm grande suporte financeiro, nem interesse da mídia. Quem poderia imaginar que o ciclismo de estrada alcançaria um sétimo lugar em Olimpíada? Ou que a esgrima faria dois quintos lugares? Esses resultados devem permitir às respectivas confederações pleitearem mais dinheiro no próximo ciclo olímpico.
Por outro lado, os resultados ruins na natação e no judô não devem mudar a realidade delas. Os resultados já foram apresentados em outros momentos, ídolos estão formados e consolidados, e uma nova geração bate à porta.