Além do Palmeiras - por razões óbvias -, o São Paulo pode ser considerado o grande vencedor do mercado de transferêcias. A equipe perdeu apenas Kaká e Alvaro Pereira entre os titulares do ano passado e ainda trouxe nove (contanto Wesley, que chega no fim do mês) jogadores de qualidade. Alguns, como Thiago Mendes, mostraram precocemente que terão utilidade.
Muricy chiou por muito tempo que o elenco era pequeno, mas agora terá o desempenho acompanhado por Ataíde e, especialmente, Carlos Miguel Aidar, que já cobrou um título em 2015 e disse que o técnico "deve" essa para o clube.
Apesar da completa falta de timing do presidente, passar mais um ano em branco é inadmissível para uma equipe que agora dispõe de tantas opções. E Ataíde tem razão ao dizer que possivelmente o maior desafio do treinador será administrar aqueles que não irão jogar, fato que Muricy garante ser fácil de contornar.
Os dois primeiros jogos da temporada indicam que o time conservou a estrutura básica de 2014. Com alguns ajustes e peças de reposição à altura, precisa ser protagonista.
A Libertadores pode ser o termômetro do ano. Uma campanha convincente cacifa Muricy a brigar pelo hepta brasileiro; por outro lado, um eventual fiasco nas fases iniciais não necessariamente fará o São Paulo perder o posto de favorito no nacional. O time poderá até ganhar seu sétimo título, mas muito provavelmente com outro técnico.