Marcelo Oliveira precisa definir com urgência o que ele quer do Palmeiras. Semifinalista da Copa do Brasil e integrante do G-4 no Brasileirão 2015, seu time é tão vulnerável como um muro de papel de seda. Não há menor sintonia entre a linha de zagueiros e meio-campo. A transição entre defesa e ataque não passa pelos meias. A bola sai lá de trás em uma fábrica de chutões. Por isso, o palmeirense sofre.
Em nenhuma partida nesta reta final das competições, o time de Marcelo Oliveira propôs o jogo. Até aqui, sobreviveu da força do seu ataque, de muita velocidade e arrojo, que costuma marcar dois a três gols por rodada. Quando o ataque não funciona, o Palmeiras não acontece.
Bom colocar nessa conta, o eficiente bombardeio aéreo, em especial com os zagueiros. Não fosse os gols de cabeça, em momentos cruciais das partidas, e o time sairia derrotado em muitos jogos.
Diante desse quadro, Marcelo Oliveira tem algumas tarefas a cumprir para levar a equipe ao título da Copa do Brasil e a uma posição de destaque no Campeonato Brasileiro
1) Marcação equivocada dos zagueiros
O que fazer? - Adiantar a linha de zagueiros que, na maioria da vezes, fica estática quase dentro da área de Fernando Prass.
2) Recomposição do time
O que fazer? - Com um volante apenas marcador (Thiago Santos ou Amaral) é preciso que Arouca, Robinho e mais Dudu sejam rápidos na recomposição na hora de marcar. Eles embolam e abrem espaços nas laterais franqueando território ao inimigo.
3) Sem transição
O que fazer? - Robinho e Arouca têm de chamar os atacantes e laterais para trocar passes, administrar a posse de bola, fazer a transição com segurança e evitar lançamentos de supetão.
4) Estado emocional
O que fazer - Transmitir segurança aos jogadores e evitar que a ansiedade contagie o time. É preciso ter equilíbrio emocional, em especial nos jogos na sua arena. O time tem sido um feixe de nervos esgarçados.
5) Administrar a vantagem
O que fazer? - Em vantagem no placar, ter um fio condutor para não entrar em pânico assim que o adversário pressionar. É impressionante como o Palmeiras cede terreno nos contra-ataques do inimigo. É preciso coordenação na hora de reorganizar o time.
Não parece uma missão impossível, é questão de treinamentos e método.