Foto do(a) blog

Futebol: bastidores e opinião

A Copa não merecia ver Neymar no helicóptero

O desfecho das quartas de final engrandecem ainda mais a Copa das Copas, com dramas e histórias inusitadas. Craques tombaram no caminho, valentes foram embora para casa invictos, goleiros escreveram seus nomes e quatro gigantes chegaram às semifinais.

PUBLICIDADE

Por Luiz Prosperi
Atualização:

Drama maior viveu o Brasil. Jogou uma de suas melhores partidas no Mundial, despachou a brava Colômbia, do artilheiro James Rodriguez (seis gols), e perdeu Neymar, vítima da violência de Zuñiga. A imagem de Neymar deixando a Granja Comary de helicóptero preso em uma maca foi de doer. O craque se despediu da seleção com um depoimento agônico em vídeo. Deu dó.

PUBLICIDADE

Outra quase tragédia enfrentou a Argentina ao eliminar a ousada Bélgica. No jogo cheio de alternativas, os argentinos ficaram sem Di María, que também se despediu da Copa com os músculos estourados. Di María sai de cena e aumenta a responsabilidade de Lionel Messi. Aliás, Messi não tem mais Neymar nem Cristiano Ronaldo a rondar seu trono.

Quem se despediu também foi a Costa Rica, mais bela surpresa do Mundial. Vai embora para casa sem perder um jogo e ainda altiva ao derrubar Inglaterra, Itália e Uruguai. Uma façanha e tanta para uma seleção que tem apenas quatro Copas no currículo. Sai da competição e deixa lições importantes de organização tática, inteligência e muito sangue nas veias.

A Holanda, apesar do esforço da Costa Rica, merecia mesmo ficar mais um pouco no Brasil. Para se garantir nas semifinais contou com uma ousadia de seu treinador, o empertigado Louis Van Gaal. No último minuto da prorrogação, Van Gaal trocou os goleiros. Mandou Krull, um pegador de pênaltis. E conseguiu. O grandalhão defendeu dois e garantiu a Holanda nas semifinais.

Nesse cenário de muito futebol e histórias ricas e dramáticas, as semi vão ficar entre Brasil x Alemanha, Holanda x Argentina, forças tradicionais e com muita camisa. A expectativa é de muita emoção.

Publicidade

Nada, porém, mais emblemática que Neymar dando um tchau preso na maca no helicóptero levantando voo de um dos campos da Granja Comary. Campo que a menos de quatro dias era um quintal de diversão de Neymar. A Copa não merecia ver Neymar chorando em um helicóptero.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.