Acontece que o Corinthians fracassou nas duas competições com apresentações mesquinhas e de pouco futebol. Munição suficiente para despertar os dirigentes, antes unidos a Tite, para defenestrar o treinador.
Nada muito fora do famigerado ritual das administrações dos clubes no Brasil. O treinador sempre é o burro, o culpado. E o dirigente, aquele que preserva a instituição, o equilibrado.
A queda de Tite estava anunciada não é de hoje. Esse blogueiro deu essa informação em 16 de setembro aqui no Estadão, para fúria dos comentários no blog em que me acusaram de Mãe Dinah. Isso é que menos interessa. O que vale é explicar ou apontar onde foi que Tite errou:
1) Insistiu com os veteranos Danilo, Douglas, Emerson, Fábio Santos, Alessandro, Maldonado e até Ibson, que não têm mais gás para jogar naquele ritmo de "intensidade", uma marca do treinador.
2) A fórmula de apostar na forte marcação e colher vitórias magras - a maioria por 1 a 0 - se esgotou com esfacelamento físico do time.
3) Fazer de Romarinho um clone de Jorge Henrique, tirando do garoto a irreverência dos dribles e presença na grande área.
4) Dar a Guilherme, ainda um aprendiz, a missão que era de Paulinho.
5) Desistir dos meninos da base, em especial de alguns destaques do time campeão da Copinha em 2012. O caso do zagueiro Marquinhos explica tudo.
6 Não fazer Alexandre Pato jogar e responder ao alto investimento.
Tite sai e Mano Menezes volta.
Mano fracassou na seleção brasileira, deu o pinote do Flamengo quando a casa apresentava rachaduras, sem falar na série de problemas que acumulou na sua primeira passagem pelo Parque São Jorge.
O Corinthians começa mal a temporada de 2014.