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Futebol: bastidores e opinião

Nível dos treinadores continua baixo no Brasil

A demissão de Jorginho na Chapecoense, nesta segunda-feira, entra na estatística das 22 trocas de treinadores neste Campeonato Brasileiro, em 34 rodadas. Sinal claro do desespero dos clubes e da falta de planejamento. Quem trocou de técnico a granel não foi longe e continua a viver da agonia. Quem trocou de olho no currículo do comandante, se deu bem. Casos de Grêmio com o Felipão e Flamengo com Luxemburgo. Apostaram certo em gente de peso.

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Por Luiz Prosperi
Atualização:

Os que jogaram suas escassas fichas em treinadores sem estofo, se deram mal ou ainda estão sufocados. A lista é extensa: Palmeiras (Dorival Júnior), Bahia (Gilson Kleina), Chapecoense (Jorginho), Santos (Enderson Moreira), Atlético-PR (Claudinei Oliveira), Criciúma (Toninho Cecílio), Vitória (Ney Franco), Botafogo (Vagner Mancini), Coritiba (Marquinhos Santos), entre outros. Dessa lista, tem clube que trocou de 3 a 4 treinadores no campeonato sem resultado prático.

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Os clubes que insistiram em treinadores de bom cartel estão no topo da tabela: Cruzeiro (Marcelo Oliveira), São Paulo (Muricy Ramalho), Internacional (Abel Braga), Grêmio (Felipão), Atlético-MG (Levir Culpi), Corinthians (Mano Menezes) e Fluminense (Cristóvão Borges).

Fica claro que a nova geração de treinadores e a que não atingiu o status de grande têm pouco a contribuir ao futebol brasileiro. Não acrescentam absolutamente nada de diferente e ainda recebem salários fabulosos. Seus currículos cabem certinho numa caixa de fósforos.

Por isso não se pode jogar a culpa pelo baixo nível do futebol no Brasil apenas nas costas dos dirigentes dos clubes. Os técnicos também podem entrar nessa lista. Os novos copiam os velhos. Os que estão por aí e não sobem de patamar têm um dois títulos de relevância na carreira. Mais enganam do que resolvem.

O futebol brasileiro só vai dar um salto de qualidade com treinadores ousados e qualificados. Por enquanto, o cenário é árido.

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