Em conversa com este blogueiro na Granja Comary, no início da noite desta segunda-feira, Parreira recorreu ao exemplo de 2005 quando o Brasil foi campeão da Copa das Confederações com show de bola para cima da Argentina e da anfitriã Alemanha.
"Se a Copa do Mundo fosse três meses depois da Copa das Confederações teríamos sido campeões", disse Parreira. "Um ano depois, tudo mudou. A concentração dos jogadores e as exigências do Mundial mudaram e paramos nas quartas de final", lembra Parreira, na época treinador da seleção.
A história se repete agora. O modelo vitorioso de 2013, ressalta o coordenador, não se encaixou com a seleção agora na Copa. Apesar de o grupo ser o mesmo do ano passado, o nível de concentração, a pressão em cima dos jogadores e atmosfera de uma Copa do Mundo não têm nada do que o time viveu no ano passado. Daí a dificuldade que o Brasil está enfrentando nessa Copa.
O coordenador lembra ainda que única vez que a seleção conseguiu repetir a mesma formação e o bom futebol um ano antes da Copa e depois confirmou com a conquista do título foi com o time 1993. "A seleção que garantiu a classificação no Maracanã contra o Uruguai em 93 foi a mesma que levantou a taça em 94 nos Estados Unidos. Só houve uma mudança: a saída do Raí para a entrada de Mazinho. Mas a fórmula de 93 deu certo um ano depois. É um exemplo único."
Parreira, apesar do erro de cálculo da atual seleção, entende que o Brasil tem todas as condições de passar pela Colômbia e chegar à semifinal. "O jogo contra os colombianos vai ser decidido na bola. Acabou o clima de guerra que vivemos contra o Chile."
A meta é vencer a barreira das quartas de final, objetivo que o Brasil não alcançou nas duas últimas Copas em 2006 e 2010.