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Futebol: bastidores e opinião

Santos campeão e sem fazer força

Alvinegro levanta a taça paulista sem nenhum investimento de peso

Por Luiz Prosperi
Atualização:

Campeão paulista com méritos, o Santos mostra que para levantar a taça do estadual não é preciso um planejamento de primeira. Basta contar com jogadores de peso, algumas promessas e a sorte de ver seus principais rivais com outras preocupações.

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Quem apostaria no Santos no início do Paulistão? O clube havia trocado de presidente há menos de um mês. Cofres estavam vazios e as dívidas lá em cima. Salários atrasados se acumulavam. E jogadores importantes pulavam do barco, como Arouca, Edu Dracena e Aranha.

Planejamento zero. Com boa vontade e generosa colaboração do ex-presidente Marcelo Teixeira, o novo mandatário Modesto Roma Júnior conseguiu quitar alguns débitos, acalmou a turma e prometeu pagar algumas dívidas em breve.

Na formação do grupo, teve a sorte de contar com abnegação de Ricardo Oliveira, sujeito a ganhar 50 mangos por mês a fim de provar que ainda estava vivo aos 34 anos. Sem falar em Robinho, também disposto a defender o time mesmo sem ter os salários em dia.

No meio do caminho, Modesto Roma ainda trocou de treinador. Despachou Enderson Moreira e apostou no aprendiz Marcelo Fernandes. Uma tacada de risco que, na maioria das vezes, não funciona. O improviso deu certo.

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Os rivais também colaboraram. São Paulo e Corinthians se entregaram de corpo e alma à disputa da Copa Libertadores. E o Palmeiras, em fase de reconstrução, não era páreo forte.  Mesmo assim, conseguiu chegar à decisão e só não deu mais trabalho ao Santos por desperdiçar uma grande chance de chegar ao clássico decisivo com a vantagem de dois gols  - lembra do pênalti perdido por Dudu?

Assim, nesse cenário improvável, com alguns improvisos, e tendo jogadores infalíveis nos momentos certos, o Santos levou a taça e deixou a lição de que para ser campeão do estadual não é preciso investir muito, nem esperar por milagres.

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