Dilma nega retrocesso ao encerrar Rio+20

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Por João Coscelli
Atualização:

Estadão.com.br

 

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A presidente Dilma Rousseff encerrou a Rio+20 dizendo que o documento aprovado pelas delegações dos mais de 190 países participantes da conferência é um grande avanço e não retrocede aos objetivos de encontros realizados anteriormente para debater o meio ambiente.

"O documento O Futuro Que Queremos, torna-se um marco no conjunto do resultado das conferências", disse Dilma, rebatendo as críticas de algumas delegações e de ONGs de que o texto final da Rio+20 era pouco ambicioso na busca por resultados concretos. "O documento que aprovamos não retrocede em relação às conquistas da Eco-92", disse a presidente. "Pelo contrário, o documento avança e muito" completou.

Mais cedo, Dilma exaltou o consenso em torno do texto, "plataforma comum para todos os países". "Isso é uma grande conquista para todos nós", declarou a presidente, que falou ainda da importância de se respeitar a diversidade e da necessidade de se conviver com a multilateralidade". Para Dilma, "países não podem ignorar que estamos vivendo no multilateralismo" e não há mais espaço para o "pensamento único".

O documento aprovado terminou de ser elaborado na terça-feira, antes do início da cúpula de alto nível da Rio+20, que reuniu delegados e chefes de Estado e governo. Desde então, nenhuma alteração substancial foi feita, apenas correções ortográficas e mudanças menores. O texto está disponível em seis línguas - inglês, espanhol, francês, russo, chinês e árabe - no site internacional da conferência (http://www.uncsd2012.org/thefuturewewant.html).

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O O Futuro Que Nós Queremos, porém, recebeu uma de suas mais contundentes críticas nesta sexta, quando foi aprovado o texto da Cúpula dos Povos, evento da sociedade civil paralelo à Rio+20. Ao final do encontro, o documento dizia que a conferência da ONU representou um retrocesso em relação aos avanços realizados nos últimos 20 anos.

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