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Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|A emoção dos jogadores não pode atrapalhar o rendimento do Brasil na Copa

Muito tem se falado da emoção dos jogadores brasileiros durante o hino no começo das partidas. Há muita gente emocionada, se desmanchando em lágrimas como não se viu na Copa das Confederações. As opiniões se dividem sobre isso: metade acha que isso é bom, a outra metade entende que atrapalha. Parreira defende o entusiasmo da torcida e a emoção do jogador. Zico, na ESPN Brasil, falou que é bom, com ressalvas, desde que não comprometa o rendimento do time. Sou da opinião de que os jogadores do Brasil têm de chorar mesmo e viver essa emoção intensamente, mas até o fim do hino. Depois, desliga a chavinha e começa a jogar bola.

Foto do author Robson Morelli
Atualização:

Neste domingo vi uma reportagem da Globo com a família de David Luiz, e com ele próprio. A matéria se resumia à uma carta escrita pela mãe do zagueiro e entregue a ele na concentração do Brasil. Ela lia um pedaço da carta, lembrando das dificuldades do filho até chegar à seleção, e David Luiz lia outro pedaço. Bacana. A reportagem conseguiu seu objetivo: emocionar, a quem via e ao próprio David Luiz.

Imagino, no entanto, que essa situação deixa o jogador transbordando de emoção, aí vem a partida, o hino, o hino esticado e cantado pelo brasileiros no estádio, a necessidade de ganhar sempre, a juventude do elenco ... e se tem uma combinação explosiva no emocional dos atletas, como nunca antes em competições da Fifa a não ser em 1950. Não sou entendido nisso, mas imagino que emoção de mais atrapalha. Certamente Felipão já percebeu isso e trabalha a cabeça de seus jogadores para saborear sim cada minuto intensamente, mas concentrar e focar no que eles mais sabem fazer: jogar futebol.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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