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Opinião|Argel comanda ou comandou três times ameaçados de cair: Inter, Figueirense e Vitória

Treinador vive fase ruim nesta temporada no Campeonato Brasileiro

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Foto do author Robson Morelli
Atualização:

Argel nunca foi unanimidade na carreira de treinador, mas tem conseguido seus trabalhos e não fica desempregado por muito tempo, diferentemente de muitos 'professores' por aí. Seu jeitão aguerrido, reflexo do que foi como zagueiro, à beira do gramado, linha dura e protetor do elenco, parece agradar aos dirigentes. Na linha evolutiva da profissão, ainda engatinha, precisa comer muito arroz com feijão para se firmar e se destacar como o 'cara'. Vale lembrar que o renomado Tite, gaúcho como Argel, também comeu o pão que o diabo amassou quando deixou o Rio Grande do Sul para se aventurar, sobretudo, em São Paulo até chegar à seleção brasileira.

 Foto: Estadão

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Leva tempo. Argel faz o seu caminho, ora com campanhas boas, ora nem tão boas assim. A curiosidade desta temporada é que Argel comandou três equipes e todas elas estão ameaçadas de rebaixamento. Ele começou o ano no Internacional. Depois de 25 rodadas, o time do Beira-Rio ocupa a 18ª posição, com 27 pontos. Está na zona vermelha e não consegue se acertar. Depois de Argel, já trocou de técnico outras duas vezes.

Argel também comandou o Figueirense depois que deixou o Inter. Hoje, a equipe é 17ª na tabela do Brasileiro, um ponto à frente do rival gaúcho. A passagem do treinador por lá foi curta, mesmo assim em nada contribuiu para 'salvar' o time da degola.

Recentemente, Argel aceitou convite para trabalhar no Vitória, que na quinta ganhou do Inter por 1 a 0 e somou três importantes pontos. Os créditos do resultado foram dados a Argel, que conhece bem o Inter e tirou vantagem disso. Tenho dúvidas de que a vitória tenha acontecido por isso. Ocorre que o Vitória é 16ª colocado do Nacional, com 29 pontos. É o primeiro fora do Z-4. Se bobear na próxima rodada, entra no buraco. Mais uma vez, Argel está ameaçado de cair no comando de uma equipe. A temporada não é das melhores para o treinador, mas ele ainda tem muita lenha para queimar. É persistente.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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